Artigo: GCG Tunes #002

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Olá Amigos e Amigas Gamers! Sejam bem vindos ao GCG Tunes a nossa atração onde discutimos as músicas que embalam as nossas jogatinas.

E para esse segundo post vamos falar sobre o áudio do Super Nintendo vs Mega Drive. Sim! Teremos console wars. Para saber mais sobre isso não deixem de ouvir o Gamer como a Gente número 2.

É clichê ouvirmos que o SNES ganhava de lavada o Mega no quesito áudio, porém, isso não é totalmente verdade e ao longo do artigo irei explicar o motivo. Quando fala-se de áudio digital na geração 16 bits, entende-se por reprodução de arquivos WAV. Na época não existia CODECs, por isso não havia MP3. Os WAVs consumiam muito espaço em um cartucho que possuíam apenas 4 megabytes.

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A Nintendo investiu pesado no áudio de seu console. O Super Nintendo possuí um sistema de som moderno para época que consiste em um chip de 8 bits da Sony e um outro de 16-bits, ambos compartilhando a mesma memória. O sistema de áudio  funcionava completamente separado do sistema principal do console, era um sistema potente e complexo ao mesmo tempo de se trabalhar.

A SEGA utilizou em seu console um chip de som PSG que foi reaproveitado do Master System e dois chips Yamaha 2612 FM que foram reaproveitados de Arcades nas décadas de 80 / 90. O foco da empresa na época era trazer os Arcades para sua casa, e isso facilitou os vários ports para o console.

Dizem que o ponto fraco do áudio do Mega está na reprodução de vozes. As pessoas costumavam falar que todo mundo era rouco no Mega, e isso em boa parte dos casos era verdade em outras um exagero. A culpa era sempre atribuída aos chips de som, porém,  problema do hardware do Mega era o mau uso por parte das desenvolvedoras.

Veja abaixo alguns exemplos de boas vozes digitalizadas no Mega Drive.

Você deve estar se perguntando agora, porque então os desenvolvedores não reproduziam vozes assim no Mega Drive em todos os seus títulos ?

Para fazer essas vozes de qualidade no sistema da SEGA era necessário usar os chips FM, o problema é que os arquivos gerados ficavam muito grandes, e cada byte em um cartucho naquela época custava fortunas. Outro problema era gerar vozes simultâneas, o chip só tinha um canal para voz, por isso poucos optavam por esse caminho, e optavam em fazer as vozes digitalizadas através do chip PSG no qual a qualidade era sacrificada mais ele poupava muito espaço no cartucho.

Um bom exemplo é a comparação da versão beta do Street Fighter 2 Turbo com a versão final.

Versão Beta

Versão Final

E como o Super Nes como fica nesta história? O sistema da Nintendo era fácil de reproduzir vozes no geral, porém ele não era isento de problemas, é comum encontrarmos vários títulos no sistema com vozes abafadas ou com pitch estranho ou distorcido.

O Super Nintendo que foi lançado no final de 1990 (dois anos depois do Mega Drive), dando tempo para a Nintendo analisar a rival. A Sega foi a pioneira na geração, e a rival fez o dever de casa aprendendo com os erros do pioneirismo. O SNES tinha um chip mais potente, que nos trouxe trilhas maravilhosas para o console e muitas composições marcantes, mais quando era lançado um título multiplataforma as diferenças entra as plataformas ficavam claras.

Listei abaixo algumas comparações entre as duas plataformas.

Samurai Shodown

SNES

MEGA

SNES

MEGA

Fatal Fury

SNES

MEGA

Fatal Fury 2

SNES

MEGA

Shadow of the beast

SNES

MEGA

Earthworm Jim

SNES

MEGA

Tecnicamente, o Super Nintendo possuía um hardware muito melhor para reprodução dos sons, e sempre nos entregava um excelente resultado em seus jogos, porém, o som do Mega Drive, se bem utilizado não ficava para trás.

Para a nossa playlist de hoje  temos 5 clássicos do SNES versus 5 clássicos do Mega. Espero que tenham gostado e deixe nos comentários quais músicas da geração 16 bits tocam no seu coração.

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Artigo: Uma análise crítica do momento da PSN Plus

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A Playstation Plus, ou PSN Plus para os íntimos, para quem não sabe, é um serviço pago oferecido pela SONY para seus usuários. Ao se tornar assinante, o gamer passa a receber benefícios que vão desde descontos na compra de games, passando por cloud saving, chegando até a jogos que são distribuídos de forma gratuita e podem ser jogados infinitamente enquanto durar a assinatura.

Entretanto, nos últimos meses, a SONY vem sido amplamente criticada pela suposta má qualidade dos jogos que estão sendo distribuídos gratuitamente.

Por qual motivo misterioso a SONY antes dava de graça jogos de maior investimento, mais conhecidos como “Triple A” (como Bioshock Infinite, Dishonored, Batman:Arkham City, Tomb Raider, Dead Space 3, etc) e hoje só distribuí, em sua maioria, jogos indies ou de menor apelo?

Bem, para entender isso devemos voltar um pouco no tempo para entender como tudo começou.

psnanalise1“A reclamação dos usuários poder ser vista em todos os lados, até aqui no Gamer como a Gente!”

O Início da PSN Plus

O serviço da PSN Plus começou em Junho de 2010, exclusivo para PS3. O serviço vinha para competir diretamente com a Xbox Live, da Microsoft. A diferença principal era uma só: a Live era uma necessidade quase obrigatória para os gamers adeptos ao console da Microsoft. No Xbox 360 você precisava pagar a assinatura da Live para jogar online, enquanto no PS3 as partidas de multiplayer sempre foram gratuitas. Ora, porque então você iria dar seu suado dinheiro para a SONY se ela não te dava nada em troca? Qual era o benefício?

O que me fez tornar assinante logo no início foi o cloud saving, pois meu PS3 sofria com um HD pequeno. Entretanto, a SONY tinha planos maiores para a PSN Plus: a “Instant Game Collection”, o serviço que dá “jogos de graça” para os usuários.

Entretanto, para quem não se lembra, os primeiros jogos lançados na PSN Plus não eram “Triple A”, muito pelo contrário. Nos dois primeiros anos de PSN Plus, entre 2010 e 2012, os usuários jogaram em sua grande maioria games indies de menor custo (Wipeout HD, Dead Nation, Plants vs Zombies, Shank, Trine, etc) e games velhos de 16 bits, mais especificamente jogos lançados para o finado Mega Drive mais de 15 anos antes (Sonic, Streets of Rage, Altered Beast, Comix Zone, etc).

Nesta época, a base de usuários da PSN Plus não era grande, e a SONY precisava mudar sua estratégia para virar o jogo, pois estava atrás da Microsoft.

psnanalise2“Foto do gameplay de Hamsterball, um dos grandes ‘petardos’ da Sony no início da PSN Plus”

O Full House da SONY

A SONY começou a mostrar suas cartas e a virar o jogo em Junho de 2012. Foi neste mês que foram lançados na “Instant Game Collection” os primeiros jogos reconhecidamente “Triple A”, Infamous 2 e Little Big Planet 2. Coincidentemente, ambos jogos haviam sido publicados e distribuídos antes pela (ahá!) própria SONY. Era uma estratégia que não só traria mais usuários como também mostraria às desenvolvedoras grandes o apelo da PSN Plus, e de como elas poderiam divulgar os seus jogos para uma base fixa (e pequena!) de usuários. O boca-a-boca dos gamers faria o resto.

A estratégia da SONY deu certo, e várias desenvolvedoras passaram a distribuir seus jogos na PSN Plus. Os assinantes do serviço puderam jogar “de graça”, entre Junho de 2012 e Dezembro de 2013, jogos como Borderlands 1 e 2, King of Fighters XIII, Resident Evil 5, Bioshock 2, Super Street Fighter IV, Demon’s Souls, Deus Ex Human Revolution, Battlefield 3, Hitman: Absolution, XCOM: Enemy Unknown, entre muitos outros.

Apesar de não termos os números corretos de quantos usuários assinavam a PSN Plus na época (até porque este é o tipo de informação que a SONY guarda a 4 chaves por ter sido a base de toda sua estratégia naquele momento), sabemos que a aderência dos assinantes foi aumentando consideravelmente, como pode ser visto nesta reportagem aqui de Novembro de 2013.

Um ano depois, a PSN Plus já havia se tornado um sucesso estrondoso em toda a indústria gamer. A estratégia fazia com que os competidores arrancassem os cabelos, e inclusive provocou o nascimento em Julho de 2013 da “Games with Gold” serviço semelhante da Microsoft que dá aos seus assinantes jogos de graça da mesma forma que a PSN Plus, exatamente um ano após a mudança de política da SONY (entretanto, deixemos a análise estratégica da concorrente para outro artigo em um futuro próximo).

psnanalise3“Anos Dourados da PSN Plus, impulsionando a SONY ao topo da nova geração das Console Wars”

A faca de dois gumes da SONY

Com o lançamento do PS4 no final de 2013 a estratégia da SONY mudou. Assim como a Live da Microsoft, a PSN Plus se tornava obrigatória para que os usuários do seu sistema pudessem jogar online. O efeito foi praticamente instantâneo, com mais um crescimento expressivo: em menos de um ano, em Outubro de 2014, os assinantes da PSN Plus passaram a somar 7,9 milhões de usuários, em uma base instalada de 13,5 milhões de Playstation 4 vendidos no mundo (como pode ser visto nesta reportagem aqui). A reportagem menciona também que no mínimo a metade de todos os usuários do PS4 teria acesso ao serviço da PSN Plus.

Nos últimos números divulgados pela SONY, em Janeiro de 2016, a base instalada do PS4 somava 36 milhões de usuários. Obviamente, um crescimento proporcional dos usuários da PSN Plus é o mínimo a ser esperado e acaba sendo uma conclusão lógica, apesar de não termos os números precisos por falta de divulgação da empresa.

Entenda agora a fria em que a SONY se meteu com as desenvolvedoras, meu amigo gamer:

Imagine que a SONY se aproxime da Naughty Dog, desenvolvedora de jogos, com uma oferta para a mesma divulgar seu novo lançamento, Uncharted 4, de graça da PSN Plus. Isso significaria que, no mínimo, metade de todas as pessoas que tem Playstation 4 poderiam jogar o jogo de graça e não dariam nem um centavo para a Naughty Dog. Qual seria o interesse da Naughty Dog nisso? O crescimento deixa de ser sustentável, ao contrário do que ocorria em 2012 e 2013 quando o número de usuários da PSN Plus era muito inferior ao número de donos de PS3.

Como a nova geração dos videogames ainda é relativamente jovem, as desenvolvedoras grandes só vão estar dispostas a dar seus jogos de graça quando a expectativa de venda destes jogos não for tão forte como agora. Ou talvez só o façam quando uma nova versão do mesmo jogo estiver no forno para sair (por exemplo, quando Borderlands 1 foi dado de graça na PSN Plus às vésperas do lançamento de Borderlands 2).

psnanalise4Uncharted 4 de graça da PSN Plus mês que vem, só no meu Photoshop

 A solução da SONY

Como podemos ver, a SONY ficou com um problema gigantesco em suas mãos. As grandes desenvolvedoras de jogos se refreiam em botar seus jogos de graça para não perder dinheiro, e a base de usuários da PSN Plus, agora enorme, clama por receber seus games gratuitos.

Encurralada e sem soluções, a SONY acha uma saída simples: ela vai atrás de desenvolvedoras Indies, empresas menores que estão em busca de espaço no mercado e uma base cativa de fãs, e que estão produzindo essencialmente jogos multiplayers, que necessitam de uma larga massa de gamers para jogar. Basta analisar os jogos que estão sendo lançados nos últimos meses para ver que isto não é uma mentira: Dead Star, Rocket League, Helldivers, Nom Nom Galaxy, BroForce, Magicka 2, etc.

Enquanto tudo isso ocorre, a rival Microsoft tenta correr atrás do tempo perdido e recuperar parte do seu market share, dando de graça ótimos jogos na “Games With Gold” que em sua maioria já foram dados antes pela SONY (como Sherlock Holmes Crimes and Punishments e Borderlands em Março de 2016 e Deus Ex: Human Revolution em Janeiro deste mesmo ano). Como a SONY já deu esses mesmos jogos de graça anos antes, não faz sentido para a mesma dá-los novamente – só geraria mais fúria dos fãs, que hoje já não é pequena.

psnanalise5“Eu to esperando ‘Fallout 4’ de graça e recebo ‘Super Time Force Ultra’? Tá de sacanagem, Sony!”

O Futuro

Para os usuários insatisfeitos com a qualidade dos jogos, a solução é simples: parar de assinar o serviço da PSN Plus e parar de choradeira. Se você não gosta de alguma coisa, não a consuma e mostre sua insatisfação. Com a PSN Plus perdendo usuários, a SONY receberia a chacoalhada que precisa para tentar mudar alguma coisa. Se o gamer reclama por meses em sequência mas continua pagando a assinatura religiosamente é porque não está tão incomodado quanto parece estar.

Entretanto, a interrupção do serviço é muito difícil de acontecer, visto que grande parte dos usuários utiliza a PSN Plus para jogar online e quer continuar a fazê-lo. Então, amigo gamer, só resta engolir o choro.

psnanalise6“Vou contar tudo pra minha mãe, SONY!”

A SONY certamente está escutando todas as reclamações de mãos atadas, refém do próprio sucesso e da estratégia que criou de dar jogos de graça. Só resta a ela dar tempo ao tempo, até que as desenvolvedoras de jogos Triple A já não vejam mais potencial de venda nos seus games antigos e queiram distribuí-los de graça para pavimentar o seu futuro.

A pergunta é: se a situação persistir por muito mais tempo, poderia a Microsoft recuperar o prejuízo e alcançar a SONY? Isso só o futuro (e os gamers!) dirão.

De qualquer forma, dada a qualidade dos games indies que são lançados atualmente, na minha modesta opinião de assinante da PSN Plus (que passou 2 anos jogando de graça jogos velhos de 16 bits), acho que os gamers que criticam a SONY hoje estão reclamando de barriga cheia.

Artigo: Microsoft, Epic Games e o conto da roupa que só as pessoas inteligentes podem ver

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Olá amigos gamers!

Como de costume, estava eu nas discussões semanais com outros gamers quando discutimos sobre a minha resenha que aponta os erros da Microsoft em relação a sua postura na guerra dos consoles (Não leu? Clique aqui ó).

No calor da discussão, meu amigo Tiago Guzzo, também colunista deste tão amado site, levantou uma questão a princípio sem importância, mas que ficou de certa forma latente na minha mente:

“Não é possível o que eles estão fazendo liberando seus exclusivos para PC, ou eles são muito burros ou são tão inteligentes que a gente não consegue entender.”

Eu estava bem inclinado a pensar na primeira opção, até o pessoal da Epic Games abrir a caixa de ferramentas contra a turma do tio Bill.

Para vencer uma batalha, crie um engodo

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Lá pelos idos de 1998, a Microsoft criou o software para jogos que era pouco atraente aos desenvolvedores, o Direct X. Para provar que o software era totalmente funcional para o desenvolvimento de games, a Microsoft criou um console totalmente voltado para a utilização deste software. Assim nascia o primeiro XBOX.

Em um mercado dominado pela Sony, era de se esperar que a Microsoft fosse ser completamente agressiva para pelo menos igualar sua posição no mercado de games, porém, três gerações de consoles se passaram e o que vemos é uma postura quase passiva da empresa sob a soberania sonysta.

Mais absurdo ainda é entender essa postura verificando o histórico de negócios da Microsoft.

No mesmo ano do início do desenvolvimento do XBOX original, Bill Gates sofreu uma série de processos sobre criação de monopólio sobre os softwares de PC. O Windows dominava 90% do mercado no ano de 1998 e nenhum de seus concorrentes conseguia ter uma parcela agressiva de mercado naquela época.

Como então eles se convenceram de que o segundo lugar era bom no mundo dos consoles? Não seria uma estratégia quase suicida fazer com que o Xbox One cedesse seus exclusivos para a plataforma de PC?

Pense novamente depois de ler as acusações de Tim Sweeney, chefe da Epic Games, criadora da séria Gears of War.

Será mesmo que o rei está nu? Ou não conseguimos ver a realidade?

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Segundo Sweeney publicou no seu editorial, a Microsoft move silenciosamente as suas plataformas, incluindo aí o Xbox One, para a Universal Windows Platform (UWP). Na prática, a Microsoft estaria dizendo que para você baixar um aplicativo para o seu Windows, você teria que ter a permissão da UWP. Sweeney acusou a Microsoft de estar usando uma jogada mais agressiva do que a dos anos 90 para monopolizar o mercado de softwares, incluindo aí meus amigos, o de games para PC, que somente poderiam ser vendidos exclusivamente pela Windows Store.

Rebatendo a crítica, Kevin Gallo, Vice-presidente corporativo do Windows, disse que o UWP é um ecossistema livre e que todas as pessoas poderão instalar em seu PC produtos não publicados pela Windows Store.

Agora pensemos juntos amigo gamer

Se a Microsoft consegue o seu intento de ganhar royalties sobre todos os programas instalados no Windows 10 por meio do UWP, ela se tornará monopolizadora de todos os jogos que rodarão no seu PC. Se você detém esse tipo de poder, você pode ditar o mercado, se você dita o mercado, você pode criar uma ou outra facilidade para seu dependente.

Isso me remete a Nintendo na década de 80, quando não só liderava o mercado como esmagava a concorrência quase de forma desleal utilizando as rédeas curtas nos seus desenvolvedores.

Se a Microsoft jogar certo com o seu UWP, pode ser que em um futuro próximo os jogos já sejam criados pensando na programação do ecossistema da Microsoft e assim dificultando a programação em plataformas rivais. Ou então a Microsoft levaria alguma parcela sobre os jogos comercializados até mesmo para jogos publicados para o Playstation que utilizassem como padrão o seu pacote de desenvolvimento.

Talvez estejamos olhando para o fracasso dos consoles e ele seja apenas um engodo escondendo as reais intenções da Microsoft, que pode monopolizar o mercado de games de PC que correspondem a mais de 60% do market share de games no mundo!

Será mesmo que o rei está nu?

Guerra de Exclusivos

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Olá Amigos Gamers! 2016 mal está começando e as competidoras Sony e Microsoft já vão mostrando as suas “big guns”para o ano! E quem ganha, é você! Vamos conferir as listas e ver até onde vai a nossa ansiedade.

Microsoft

A MS falou de apenas alguns exclusivos e que outras surpresas podem aparecer ao longo do ano. Destaco o ReCore que estava super ansioso (até comentei no cast da E3 2015). Porém foi anunciado que o roteiro virá de um dos autores de Halo e Destiny. Jogos que não são conhecidos pelos seus roteiros primorosos…

Outro jogo aguardadíssimo é o Quantum Break, da Remedy (mesma autora de Max Payne e Alan Wake) que trará uma mecânica interessante de manipulação do tempo, além de gráficos realistas.

Além disto, a Microsoft afirmou que vai adicionar “centenas” de jogos de Xbox 360 no seu sistema de retrocompatibilidade.

Afora isto, nada demais, vejam abaixo a lista completa.

  • Gears of War 4 (Xbox One) – Multiplayer beta na Primavera 2016/Lançamento Outono 2016
  • Quantum Break (Xbox One) – 5 de abril
  • Halo Wars 2 (Xbox One & Windows 10) – Outono 2016
  • Crackdown 3 (Xbox One) – Multiplayer no Verão de 2016
  • Fable Legends Open Beta (Xbox One & Windows 10) – Primavera 2016
  • ReCore (Xbox One & Windows 10) – sem data específica
  • Sea of Thieves (Xbox One & Windows 10) – sem data específica
  • Gigantic (Xbox One & Windows 10) – sem data específica
  • Killer Instinct: Season 3 (Xbox One & Windows 10) – Março 2016
  • Gears of War: Ultimate Edition (Windows 10) – Primavera 2016
  • Ori and the Blind Forest: Definitive Edition (Xbox One & Windows 10) – Primavera 2016
  • Cobalt (Xbox One, Xbox 360 & Steam) – 2 de fevereiro

Sony

A Sony veio com tudo nos seus anúncios e falou o que os gamers querem ouvir (e jogar)! Sendo que o primeiro exclusivão a sair já tem data, o Uncharted 4 está programado para 26 de abril! Porém foi apenas uma revelação de line-up, as demais datas serão reveladas posteriomente.

Vamos conferir a listagem de jogos anunciada pela Sony!

  • Horizon Zero Dawn
  • Uncharted 4: A Thieves End
  • Street Fighter 5
  • The Last Guardian
  • Gran Turismo Sport
  • Firewatch
  • What Remains of Edith Finch
  • Shadow of the Beast
  • Boundless
  • Nier: Automata
  • Gravity Rush 2
  • Alienation
  • Hellblade
  • Paragon
  • The Witness
  • Ratchet & Clank
  • The Tomorrow Children
  • Drawn to Death
  • Dreams BETA
  • No Man’s Sky

Artigo: Console Wars na Intimidade

Caros amigos Nintendistas, irmãos Segamaníacos… Durante anos nos digladiamos em um campo de batalha coberto por pedaços de cogumelos, uniformes de encanadores e de pelo azul de ouriço. Uma batalha interminável e sobre a seguinte questão – Qual o melhor console de 16 bits da face da terra?

CW1“Sonic claramente reduzindo a velocidade para esperar o Mario.”

Mega Drive ou SNES? Yin ou Yang? Jedi ou Sith? A verdade é que assim como as analogias citadas, é impossível pensar em um sem pensar no outro, dois rivais que cultuaram as nossas mentes desde nossa infância e até hoje não tem igual no mundo gamer. Mas o que levou a tudo isso?

Apesar de saber a história por alto, sempre tive vontade de saber os bastidores por trás dessa guerra. O que levou as empresas ao ponto de lutarem em campo aberto e agressivamente? O que levou a Sega a superar a Nintendo no mercado americano em três anos e praticamente sair do mercado em cinco?

Em meados do ano de 2014, meu amigo e editor do Gamer Como a Gente, Diego Ferreira me mostrou um livro, ainda em inglês, que poderia me solucionar todas as dúvidas. Trata-se do livro Console Wars escrito por Blake J. Harris. O livro foi baseado nos depoimentos de ex-funcionários da Sega e da Nintendo e conta toda a história desta guerra pela visão de ambas as empresas. Sou um cara antigo, não li o livro em inglês por estar tentando importar o livro em papel, fazer o que… Não gosto de ler no tablet… Para minha sorte, o livro foi traduzido e publicado no Brasil pela editora Intrínseca. Gamer Como a Gente também se dedica a leitura, vamos analisar a obra de um jeito bem gamer

Jogabilidade

CW2“Capa nacional do livro Console Wars.”

Foi um belo trabalho de tradução e diagramação feito pela editora Intrínseca. A edição nacional ficou bem bonita e semelhante à edição americana. Para você que gosta de fotos antigas, o livro está recheado delas. A única reclamação que tenho é que essas fotos bacanas não foram colocadas inteligentemente ao longo do livro e sim no meio dele, com um papel de qualidade diferente do restante da impressão (embora melhor, devo salientar). Deu um aspecto diferente, mas perceptível apenas para loucos que gostam de simetria (como eu, por exemplo).

A escolha de colocar todas as fotos no centro também tem um ponto negativo no que tange a narrativa, você tem vários spoilers do livro nas fotos. (exagero! Só vi um na verdade). Para os que gostam de originalidade, a capa nacional foi alterada em relação à capa original, mas eu particularmente gosto mais da edição nacional que a original. Com certeza o gamer brasileiro vai se deliciar “jogando” este livro, letras grandes e tamanho razoável. Li ele todo no busão!

Gráficos

Muito interessante o processo de criação do Blake J. Harris para trazer este livro ao público. Por mais ou menos três anos ele entrevistou grandes nomes da indústria como: Tom Kalinske  (Ex-CEO da Sega of America e o homem que mudou a cara da indústria gamer no início da década de 90); e Howard Lincoln, o homem responsável pela política restritiva da Nintendo e que posteriormente se tornou o CEO da Nintendo of America. Além de outros personagens importantes na história das empresas descritos por mais de 200 funcionários. Um bom jogo deve ter gráficos decentes para funcionar, e Harris soube desenvolver a engine da história.

Enredo

Após o crash da indústria de games no início dos anos 80, uma empresa japonesa tenta emplacar seus arcades em território americano, após o sucesso desta empreitada, ela decide lançar o seu console doméstico de grande sucesso no Japão, assim, a Nintendo começa a construir o seu império que chegou a ocupar 90% do mercado americano.

CW3“O arcade que salvou a Nintendo.”

Visando uma fatia do revigorado mercado emergente dos games, o CEO da Sega do Japão, Hayao Nakayama, viaja até os Estados Unidos a procura de alguém que possa liderar a pequena empresa contra o quase monopólio nintendista. Nakayama vai atrás de Tom Kalinske, que acabara de sair da Mattel. O japonês arruinou as férias de Kalinske, mas seu nome entrou para a história como o homem que virou a indústria do avesso e destronou com o Sega Genesis a poderosa Nintendo nos EUA. Pelo menos até o surgimento de uma ameaça maior…

CW4“Blast processing na sua cara!!”

Toda a narrativa do livro gira na visão de personagens chave na história das duas empresas, o tom sempre mais conservador do lado nintendista contrasta com a política liberal e jovial do lado da Sega. O David tentando derrubar o Golias é o enfoque do livro e nos ajuda a perceber como a Sega e sua política agressiva de marketing conseguiu pular de 5% para 55% do mercado de games em apenas 3 anos. Nos mostra também como a Nintendo, mesmo sobre fogo cerrado, não abriu mão de sua ideologia nem mesmo à custa de perder market share.

Esse pano de fundo nos trás deliciosas histórias sobre a indústria dos games, a criação do Sonic, os problemas para definir o nome de Milles “Tails” Prower, a produção do infame filme dos irmão Mario (Urgh!), problemas com o governo americano por conta da classificação etária dos jogos e os erros de ambas as empresas que culminou na chegada ao mercado do Sony Playstation (confiram um pouco dessa história aqui).

CW5“Sonic 2sday. Um dos dias mais importantes da minha vida gamer!”

Uma história que criou uma rivalidade eterna, um ícone da envergadura do Sonic, capaz de encarar Mario de frente. Uma história que mostra que é impossível se manter no topo sem que a empresa esteja trabalhando em uníssono, seja no caso da Nintendo e sua pouca flexibilidade para mudar na hora certa, seja a Sega que tinha como maior inimigo a sua briga interna.

CW6“Donkey Kong Country. Marco na mudança de postura comercial da Nintendo.”

Som

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Obviamente um livro não tem som. Ou será que tem? Discutimos um pouco dessa rivalidade em tom de nostalgia no nosso segundo podcast, Console Wars. Um sentimento que permanece indelével em nossos corações gamers. Nunca mais haverá uma guerra como esta.

Conclusão

Um enredo de nos tirar sorrisos pelas soluções inteligentes, soluços com histórias de superação de obstáculos e uma boa parte de ódio pelas péssimas decisões tomadas. Gamer Como a Gente recomenda!!