De graça? Até jogo bom! Edição Setembro 2016

Olá Gamers! Um gamer como a gente nunca fica de fora dos lançamentos! Como é de costume, vamos conferir os jogos de “graça” oferecidos pela Sony e Microsoft para o mês de Setembro de 2016! Apertem o start!

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A Microsoft vem esse mês com um combo de jogos bem interessante, um mix de apostas indies e Triple A’s antigos. Vamos a eles:

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Earthlock: Festival of Magic– Fundeado pelo Kickstarter e produzido pela produtora indie Snowcastle Games, Earthlock: Festival of Magic conta a história de Amon, o vasculhador do deserto, que tenta a todo custo voltar para seu lar. O jogo é um RPG e saiu do forno no ultimo dia 1º de setembro. É lançamento na área! Disponível para download durante todo o mês de Setembro.

Assassin’s Creed Chronicles: China – A Ubisoft vem com mais um dos seus petardos “indies”, jogos que tinham tudo para ser tidos como de menor investimento, mas que possuem profissionais gabaritados dando todo o suporte nos bastidores (Child of Light, estou olhando pra você). Assassin’s Creed Chronicles: China já foi inclusive resenhado no Gamer como a Gente e ganhou a nota de 3,5 de um total de 5 – confira clicando aqui. Disponível para download do dia 16 ao dia 15 de Outubro.

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Forza Horizon – Triple A lançado em 2012, foi mais uma das tentativas da Microsoft de destronar o Gran Turismo. Na época do seu lançamento, foi bastante elogiado em quase todas as mídias. Imperdível para fãs de corrida. Disponível para download do dia 1 ao dia 15 de Setembro.

Mirror’s Edge – Mais conhecido como o “jogo de parkour”. Desenvolvido pela EA e lançado longínquos 8 anos atrás, o jogo teve reviews positivas dos profissionais do mercado, assim como Forza Horizon mencionado acima. Entretanto, a expectativa de vendas da EA foi frustrada – estavam estimando 3 milhões de cópias vendidas, porém apenas 2 milhões saíram das prateleiras. Microsoft investe na estratégia usada pela Sony com frequência durante 2012 e 2013, lançando de graça o Mirror’s Edge agora provavelmente para tentar impulsionar as vendas de Mirror’s Edge: Catalyst continuação lançada este ano. Disponível para download do dia 16 ao dia 30 de Setembro.

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Hoje é a primeira terça feira do mês, e isso quer dizer que mais uma vez teremos atualização da Playstation Store com os jogos grátis para os consoles da Mãe Sony! Gamers que estavam esperando Triple A’s vão ficar decepcionados mais uma vez. Entretanto, os jogos da Sony não são ruins. Aqui estão eles:

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Lords of The Fallen (PS4)– RPG de terceira pessoa e frequentemente comparado com a série Souls, Lords of The Fallen coloca o gamer em uma jornada na pele do criminoso Harkyn, que terá como missão parar as forças demoníacas de um Deus. Prepare seu machado e seu martelo!

Journey (PS4 e PS3) – Indie lançado pela produtora independente thatgamecompany, Journey foi aclamado tanto por crítica quanto fãs em seu lançamento em 2012. Com visuais belíssimos, a versão remasterizada de PS4 mais uma vez incita o gamer, trajando um misterioso robe e um longo cachecol, a cruzar o deserto e chegar ao topo de uma montanha. O jogo foi inclusive nomeado ao Grammy de 2013 por conta de seus efeitos sonoros. Imperdível!

Badland (PS Vita, PS4, PS3)- Vencedor do prêmio Apple Inc.‘s iPad de Jogo do Ano (Game of The Year), o player irá poder controlar a estranha criatura negra Clony enquanto atravessa os belíssimos cenários 2D do game. Indie game lançado pela Frogmind Games.

Além destes, a Sony ainda trás de bandeja os seguintes jogos:

  • Prince of Persia: The Forgotten Sands, PS3
  • Datura, PS3
  • Amnesia: Memories, PS Vita

Vale também salientar que entre os dias 9 e 12 de Setembro o blockbuster e amado-por-muitos Overwatch estará disponível inteiramente grátis para todos os consoles! Te vejo lá!

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Artigo: Uma análise crítica do momento da PSN Plus

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A Playstation Plus, ou PSN Plus para os íntimos, para quem não sabe, é um serviço pago oferecido pela SONY para seus usuários. Ao se tornar assinante, o gamer passa a receber benefícios que vão desde descontos na compra de games, passando por cloud saving, chegando até a jogos que são distribuídos de forma gratuita e podem ser jogados infinitamente enquanto durar a assinatura.

Entretanto, nos últimos meses, a SONY vem sido amplamente criticada pela suposta má qualidade dos jogos que estão sendo distribuídos gratuitamente.

Por qual motivo misterioso a SONY antes dava de graça jogos de maior investimento, mais conhecidos como “Triple A” (como Bioshock Infinite, Dishonored, Batman:Arkham City, Tomb Raider, Dead Space 3, etc) e hoje só distribuí, em sua maioria, jogos indies ou de menor apelo?

Bem, para entender isso devemos voltar um pouco no tempo para entender como tudo começou.

psnanalise1“A reclamação dos usuários poder ser vista em todos os lados, até aqui no Gamer como a Gente!”

O Início da PSN Plus

O serviço da PSN Plus começou em Junho de 2010, exclusivo para PS3. O serviço vinha para competir diretamente com a Xbox Live, da Microsoft. A diferença principal era uma só: a Live era uma necessidade quase obrigatória para os gamers adeptos ao console da Microsoft. No Xbox 360 você precisava pagar a assinatura da Live para jogar online, enquanto no PS3 as partidas de multiplayer sempre foram gratuitas. Ora, porque então você iria dar seu suado dinheiro para a SONY se ela não te dava nada em troca? Qual era o benefício?

O que me fez tornar assinante logo no início foi o cloud saving, pois meu PS3 sofria com um HD pequeno. Entretanto, a SONY tinha planos maiores para a PSN Plus: a “Instant Game Collection”, o serviço que dá “jogos de graça” para os usuários.

Entretanto, para quem não se lembra, os primeiros jogos lançados na PSN Plus não eram “Triple A”, muito pelo contrário. Nos dois primeiros anos de PSN Plus, entre 2010 e 2012, os usuários jogaram em sua grande maioria games indies de menor custo (Wipeout HD, Dead Nation, Plants vs Zombies, Shank, Trine, etc) e games velhos de 16 bits, mais especificamente jogos lançados para o finado Mega Drive mais de 15 anos antes (Sonic, Streets of Rage, Altered Beast, Comix Zone, etc).

Nesta época, a base de usuários da PSN Plus não era grande, e a SONY precisava mudar sua estratégia para virar o jogo, pois estava atrás da Microsoft.

psnanalise2“Foto do gameplay de Hamsterball, um dos grandes ‘petardos’ da Sony no início da PSN Plus”

O Full House da SONY

A SONY começou a mostrar suas cartas e a virar o jogo em Junho de 2012. Foi neste mês que foram lançados na “Instant Game Collection” os primeiros jogos reconhecidamente “Triple A”, Infamous 2 e Little Big Planet 2. Coincidentemente, ambos jogos haviam sido publicados e distribuídos antes pela (ahá!) própria SONY. Era uma estratégia que não só traria mais usuários como também mostraria às desenvolvedoras grandes o apelo da PSN Plus, e de como elas poderiam divulgar os seus jogos para uma base fixa (e pequena!) de usuários. O boca-a-boca dos gamers faria o resto.

A estratégia da SONY deu certo, e várias desenvolvedoras passaram a distribuir seus jogos na PSN Plus. Os assinantes do serviço puderam jogar “de graça”, entre Junho de 2012 e Dezembro de 2013, jogos como Borderlands 1 e 2, King of Fighters XIII, Resident Evil 5, Bioshock 2, Super Street Fighter IV, Demon’s Souls, Deus Ex Human Revolution, Battlefield 3, Hitman: Absolution, XCOM: Enemy Unknown, entre muitos outros.

Apesar de não termos os números corretos de quantos usuários assinavam a PSN Plus na época (até porque este é o tipo de informação que a SONY guarda a 4 chaves por ter sido a base de toda sua estratégia naquele momento), sabemos que a aderência dos assinantes foi aumentando consideravelmente, como pode ser visto nesta reportagem aqui de Novembro de 2013.

Um ano depois, a PSN Plus já havia se tornado um sucesso estrondoso em toda a indústria gamer. A estratégia fazia com que os competidores arrancassem os cabelos, e inclusive provocou o nascimento em Julho de 2013 da “Games with Gold” serviço semelhante da Microsoft que dá aos seus assinantes jogos de graça da mesma forma que a PSN Plus, exatamente um ano após a mudança de política da SONY (entretanto, deixemos a análise estratégica da concorrente para outro artigo em um futuro próximo).

psnanalise3“Anos Dourados da PSN Plus, impulsionando a SONY ao topo da nova geração das Console Wars”

A faca de dois gumes da SONY

Com o lançamento do PS4 no final de 2013 a estratégia da SONY mudou. Assim como a Live da Microsoft, a PSN Plus se tornava obrigatória para que os usuários do seu sistema pudessem jogar online. O efeito foi praticamente instantâneo, com mais um crescimento expressivo: em menos de um ano, em Outubro de 2014, os assinantes da PSN Plus passaram a somar 7,9 milhões de usuários, em uma base instalada de 13,5 milhões de Playstation 4 vendidos no mundo (como pode ser visto nesta reportagem aqui). A reportagem menciona também que no mínimo a metade de todos os usuários do PS4 teria acesso ao serviço da PSN Plus.

Nos últimos números divulgados pela SONY, em Janeiro de 2016, a base instalada do PS4 somava 36 milhões de usuários. Obviamente, um crescimento proporcional dos usuários da PSN Plus é o mínimo a ser esperado e acaba sendo uma conclusão lógica, apesar de não termos os números precisos por falta de divulgação da empresa.

Entenda agora a fria em que a SONY se meteu com as desenvolvedoras, meu amigo gamer:

Imagine que a SONY se aproxime da Naughty Dog, desenvolvedora de jogos, com uma oferta para a mesma divulgar seu novo lançamento, Uncharted 4, de graça da PSN Plus. Isso significaria que, no mínimo, metade de todas as pessoas que tem Playstation 4 poderiam jogar o jogo de graça e não dariam nem um centavo para a Naughty Dog. Qual seria o interesse da Naughty Dog nisso? O crescimento deixa de ser sustentável, ao contrário do que ocorria em 2012 e 2013 quando o número de usuários da PSN Plus era muito inferior ao número de donos de PS3.

Como a nova geração dos videogames ainda é relativamente jovem, as desenvolvedoras grandes só vão estar dispostas a dar seus jogos de graça quando a expectativa de venda destes jogos não for tão forte como agora. Ou talvez só o façam quando uma nova versão do mesmo jogo estiver no forno para sair (por exemplo, quando Borderlands 1 foi dado de graça na PSN Plus às vésperas do lançamento de Borderlands 2).

psnanalise4Uncharted 4 de graça da PSN Plus mês que vem, só no meu Photoshop

 A solução da SONY

Como podemos ver, a SONY ficou com um problema gigantesco em suas mãos. As grandes desenvolvedoras de jogos se refreiam em botar seus jogos de graça para não perder dinheiro, e a base de usuários da PSN Plus, agora enorme, clama por receber seus games gratuitos.

Encurralada e sem soluções, a SONY acha uma saída simples: ela vai atrás de desenvolvedoras Indies, empresas menores que estão em busca de espaço no mercado e uma base cativa de fãs, e que estão produzindo essencialmente jogos multiplayers, que necessitam de uma larga massa de gamers para jogar. Basta analisar os jogos que estão sendo lançados nos últimos meses para ver que isto não é uma mentira: Dead Star, Rocket League, Helldivers, Nom Nom Galaxy, BroForce, Magicka 2, etc.

Enquanto tudo isso ocorre, a rival Microsoft tenta correr atrás do tempo perdido e recuperar parte do seu market share, dando de graça ótimos jogos na “Games With Gold” que em sua maioria já foram dados antes pela SONY (como Sherlock Holmes Crimes and Punishments e Borderlands em Março de 2016 e Deus Ex: Human Revolution em Janeiro deste mesmo ano). Como a SONY já deu esses mesmos jogos de graça anos antes, não faz sentido para a mesma dá-los novamente – só geraria mais fúria dos fãs, que hoje já não é pequena.

psnanalise5“Eu to esperando ‘Fallout 4’ de graça e recebo ‘Super Time Force Ultra’? Tá de sacanagem, Sony!”

O Futuro

Para os usuários insatisfeitos com a qualidade dos jogos, a solução é simples: parar de assinar o serviço da PSN Plus e parar de choradeira. Se você não gosta de alguma coisa, não a consuma e mostre sua insatisfação. Com a PSN Plus perdendo usuários, a SONY receberia a chacoalhada que precisa para tentar mudar alguma coisa. Se o gamer reclama por meses em sequência mas continua pagando a assinatura religiosamente é porque não está tão incomodado quanto parece estar.

Entretanto, a interrupção do serviço é muito difícil de acontecer, visto que grande parte dos usuários utiliza a PSN Plus para jogar online e quer continuar a fazê-lo. Então, amigo gamer, só resta engolir o choro.

psnanalise6“Vou contar tudo pra minha mãe, SONY!”

A SONY certamente está escutando todas as reclamações de mãos atadas, refém do próprio sucesso e da estratégia que criou de dar jogos de graça. Só resta a ela dar tempo ao tempo, até que as desenvolvedoras de jogos Triple A já não vejam mais potencial de venda nos seus games antigos e queiram distribuí-los de graça para pavimentar o seu futuro.

A pergunta é: se a situação persistir por muito mais tempo, poderia a Microsoft recuperar o prejuízo e alcançar a SONY? Isso só o futuro (e os gamers!) dirão.

De qualquer forma, dada a qualidade dos games indies que são lançados atualmente, na minha modesta opinião de assinante da PSN Plus (que passou 2 anos jogando de graça jogos velhos de 16 bits), acho que os gamers que criticam a SONY hoje estão reclamando de barriga cheia.

De graça? Até jogo bom! Edição Fevereiro 2016

Antes tarde do que nunca! Seguem abaixo os jogos “0-800” do mês de fevereiro de 2016 para os consoles da Microsoft e da Sony.

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A Microsoft continua correndo atrás do tempo perdido e se esforça para angariar mais gamers para sua legião. A grande sacada continua sendo o fato de que os jogos disponibilizados para o Xbox360 também podem ser jogados pelos usuários do XboxOne. Valeu, Microsoft!

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Hand Of Fate é um jogo bem incomum, misturando Ação, RPG e a construção de um deck de cartas que será utilizado para transpor as diversas masmorras do game. Ao entrar em um combate, todas as cartas do jogador se transmutam em personagens 3D para travar as batalhas. O jogo é só praqueles que tem o Xbox One.

Também para o XOne, Stix: Master of Shadows deve repetir o pífio desempenho de quando foi lançado grátis na PSN Plus longínquos 8 meses atrás, em Julho de 2015. Muito criticado na sua mecânica de combate na época de seu lançamento, o gameplay é basicamente stealth, onde o jogador assume a pele de um goblin que deseja roubar o coração de uma árvore enquanto se esgueira pelas sombras.

De prêmio extra para o Xbox360, papai Bill Gates traz Sacred Citadel e Gears of War 2, sendo este último um dos melhores jogos já lançados para o console. Bola dentro da Microsoft, vale a pena o download! – Principalmente se você não tem a série Uncharted à disposição.

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A Sony mais uma vez não traz nenhum Triple A, mas isso não quer dizer que os jogos são ruins – pelo contrário! Vamos a eles:

Helldivers: Democracy Strikes Back é um ótimo jogo que coloca o player em um tiroteio frenético em um futurista cenário isométrico. Um prato cheio para quem está disposto à uma aventura cooperativa com até outros 3 amigos gamers. O pacote é completo e pode ser jogado no PS4, PS3 e PS Vita.

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Já em Nom Nom Galaxy, prepare-se para ser um gamer polivalente. O jogo mistura plataforma, construção de bases, gerenciamento de recursos escassos e gira em torno de … preparação de sopas! Sim, caberá a você se tornar um Claude Troigros intergaláctico, criando vários tipos de sopas e elevando a qualidade da sua cozinha industrial a níveis astronômicos! Esta MARRAVILHA dá as graças no PS4!

De rebarba, a mãe Sony ainda presenteia seus fiéis discípulos com o nostálgico, estratégico e sempre suicida Lemmings Touch, bem como Nova 111, que mistura um puzzle futurista com uma aventura em turnos – ambos para PSVita!

Os gamers que ainda estão gastando seus PS3’s não ficam atrás e recebem Grid Autosport e Persona 4 Arena Ultimax.

A Sony também aproveitou o ensejo para anunciar com começa no dia 9 de Fevereiro a votação para o game grátis do mês que vem. O mais votado estará no pacote de jogos grátis de Março de 2016 da PSN Plus, enquanto os outros dois terão descontos significativos em seu valor. Estão no paredão Broforce, Assault Android Cactus e Action Hank!

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Bom, é isso aí! Nos vemos mês que vem!

Artigo: Caçadores de Troféu

trophy hunter 0Quem joga videogame hoje já está acostumado a ganhar troféu. Mas será que vale mesmo correr atrás deles?


A última geração (PS3/XBox 360) foi responsável por mudar o mundo dos games em diversas maneiras. Gráficos que beiram a realidade, enredos complexos e partidas multiplayer online deixaram de ambientar os sonhos de sedentos gamers como a gente para se tornarem uma realidade ao alcance de qualquer um que possua um controle – estes, hoje em dia, já sem fio.

Entretanto, a geração passada também inovou em algo que definitivamente não era esperado pela imensa massa gamer: a adição de troféus e conquistas em cada jogo. Atualmente todo game lançado traz consigo um pack de troféus completamente arbitrários para serem caçados.

trophy hunter 1“Obviamente não é desse tipo de troféu que você vai caçar – e esse cara na foto é um babaca, by the way”

Muitos clamam por aí que os troféus não servem para nada. Afinal, muitos de nós vivemos e jogamos videogame em uma época em que eles não existiam e nos divertíamos da mesma forma. Já outros bradam que as conquistas já se tornaram peça fundamental no mundo dos games atuais.

A pergunta é: Quem está certo nessa discussão?

Por incrível que pareça, penso que as duas partes estão igualmente certas… e também igualmente erradas.

Ahn? Como assim?

trophy hunter 4“Pegar o tesouro pode ativar uma armadilha mortal atrás de você”

Muitos gamers afirmam que caçar todos os troféus de um jogo é a melhor forma de dar valor ao dinheiro investido na compra deste maravilhoso ativo que tanto amamos. As conquistas nada mais seriam do que agregadores de valor. Seriam aquele estímulo extra para o gamer jogar aquele jogo uma vez mais, ou talvez experimentar um nível de dificuldade mais elevado.

Entretanto, talvez a principal razão da existência dos troféus e criação das conquistas pelos desenvolvedores de jogos sejam os universalmente famosos bragging rights. Como gostamos de dizer no Rio de Janeiro, é só “pra tirar onda”. Os troféus seriam a forma mais fácil de provar que você comandou um jogo de todas as formas possíveis. Afinal, qual gamer nunca teve suas árduas conquistas desacreditadas pelos amiguinhos invejosos no recreio do colégio?

Por exemplo: meu grande amigo Diogo Moura, membro fundador do Gamer como a Gente, editor de podcast e reconhecidamente um dos maiores sega-maníacos do Brasil está cansado de me falar que quando era criança zerava os jogos do Sonic com os pés nas costas.

Talvez, se existissem troféus naquela época, ele pudesse provar…

trophy hunter 3“Farejando facilidades: Assim é mole, Diogão!”

Já outros juram de pés juntos que as conquistas não servem para nada e inflam os jogos de uma forma irreal. E isto também e verdade: devemos reconhecer que muitos troféus são inconsequentes e realmente não agregam nada ao gameplay. Afinal, porque diabos você ficaria apertando o botão 2.047 vezes em uma missão de Command & Conquer, por exemplo? Vale a pena sair do seu caminho normal e perder valiosos minutos de gameplay para isso?

Além disso, em termos comparabilidade, o valor prático de uma conquista adquirida em um game é zero. O troféu de platina de Dark Souls vale rigorosamente a mesma coisa que o troféu de platina do jogo da Hannah Montana. O seu Level (no Playstation) ou seu Gamerscore (no X-box) não querem dizer absolutamente nada.

Então, porque continuar nesta caçada?
A resposta, na verdade, pode ser bem mais simples do que a pergunta.

trophy hunter 2“Seria você um escravo de você mesmo?”

Quando criança eu era aficionado por coleções: bolinhas de gude, chaveiros, times de futebol de botão, revistas em quadrinho, cards, bonés, álbuns de figurinha…  – e se eu continuasse esta lista, provavelmente não terminaria hoje. Qualquer semelhança com o Colecionador, vilão cósmico da Marvel, é apenas mera coincidência.

O mais curioso é que grande parte dos meus itens colecionáveis não possuía nenhum valor monetário – o verdadeiro valor era sentimental: nada se comparava à alegria transcendental de adquirir um item novo para a coleção.

É impossível ignorar a óbvia semelhança: as bolinhas de gude de ontem são os troféus de hoje. E com um plus: são de graça! Eles vêm contidos naquele jogo que você já compraria de qualquer forma. E para tirar onda com os amigos é ainda mais fácil que antigamente, basta mostrar seu username/gamertag.


“Estimulando uma saudável competição”

Claro que nós gamers nunca estamos satisfeitos. Seria interessante se Microsoft e Sony implementassem recompensas melhores para aqueles jogadores que correram atrás de todos os troféus de um jogo. Você não gostaria de ganhar um avatar ou um papel de parede do Big Boss ao ganhar a platina do Metal Gear Solid V? Ou melhor ainda, que tal ganhar um desconto de 5% na compra de Hearts of Stone, DLC do Witcher 3, caso você já tenha recebido todas as conquistas de Geralt de Rivia no jogo original?

Apesar de tudo e no final das contas, em termos práticos, qualquer coisa que possa – mesmo que minimamente – aumentar o seu prazer de jogar videogame nunca deve ser descartada. Ninguém te obriga a buscar todas as conquistas de um jogo. Mas se a caçada pelos troféus pode trazer qualquer tipo de satisfação, porque não buscá-los? Tudo que pode fazer de um gamer como a gente um gamer feliz é sempre bem-vindo.

Nos vemos online! Em busca da próxima platina!