Artigo: GCG Awards 2016

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Olá Amigos e Amigas Gamers! Por sugestão do nosso amigo gamer Max Pinheiro, ganhador da promoção da nossa loja Forjas Gamer Como a Gente, vamos colocar aqui os nossos premiados de 2016. Porém não deixem de ouvir o nosso podcast especial de Level Up 2 que falamos mais a fundo das nossas escolhas! E claro, deixem nos comentários as suas opções também!

Vamos lá!

Podcast of the Year (POTY)

Esta é a categoria auto-indulgência do site. Aqui elegemos o podcast mais divertido e interessante que gravamos nesse ano.

Cast020-VitrineFallout4Ouça 

Diego Ferreira: Fallout 4 foi um jogo incrível. E gravar com essa galera com tantas experiências sobre o jogo e tantos pontos-de-vista, trouxe uma riqueza muito legal ao nosso podcast. A edição ficou bem legal também (eu que fiz!), onde pensamos numa forma diferente de apresentar aqueles jogos que causam um grande impacto na gente.

Rodrigo Estevão: Apesar do amor por cada podcast ser único, sempre tem um que consegue capturar uma fatia maior do seu coração. Fallout 4 foi o grande amor do ano.

Jogo que eu sei que é ruim mas eu comprei mesmo assim

Esta é a categoria dos verdadeiros teimosos, aqueles gamers que mesmo sabendo que vão entrar numa furada gastam seu precioso dinheiro. Deixando de comprar pérolas para comprar lixo.

Diego Ferreira: Eu tinha esperança no I Am Setstuna, entretanto, lendo as resenhas antes de compra-lo, eu meio que esperava que não seria o RPG para todos governar. E tristemente ele é apenas um pastiche de tudo aquilo que veio antes dele. Não consigo recomendar.

Rodrigo Estevão: Child of Light da Ubisoft. O jogo tem tudo para ser bom, mas no final acabou me decepcionando profundamente, principalmente por conta do potencial não explorado do game. De qualquer forma, o fato do jogo ser ruim já estava sacramentado a partir do momento em que Diego Ferreira e Diogo Moura recomendaram o jogo em uníssono – nada bom poderia vir disso.

Remakes, faço ou refaço?

Esta é categoria daqueles jogos que outrora esquecidos ganham versões atuais (ou não tão esquecidos assim). Assim como daqueles jogos que desejamos ver novamente com nova roupagem.

Diego Ferreira: Não sou muito afeito a remakes, entretanto sempre acabo comprando todos eles. Porém não posso deixar de destacar como remake mais inútil do ano: Darksiders Warmastered Edition. Um jogo bem mediano para ruim, que não deixou a sua marca no mundo gamer e mesmo assim forçaram a barra. Não há nenhum remake que gostaria que acontecesse, entretanto não posso deixar de destacar o Bioshock Collection, como um kit muito bom para aqueles que não conhecem essa ótima série!

Rodrigo Estevão: O remake que eu não gostaria de ver é justamente um que sai todo ano, e que eu amaria que fosse bem feito: Pro Evolution Soccer. A série PES que por tanto tempo foi a grande campeã do meu coração, hoje só toma chocolate do grande rival, FIFA. Fica meu apelo à Konami para deixar de lado o sucateamento anual constante da franquia e trazer alguma inovação para alçar a série ao topo, de onde nunca devia ter saído – afinal, futebol se joga com PÉS.

Prêmio baixa renda

Os jogos independentes já não são mais nicho, são uma força gamer agora. E merecem ser reconhecidos. Mesmo que seja um sonhador fazendo o que quer. Ou que seja um estúdio Triple A disfarçado de mendigo. Esta é a sua categoria.

Diego Ferreira: Apesar de ter sido um jogo que saiu no início do ano, ele não foi esquecido. Firewatch tem uma paleta de cores incrível. Diálogos maravilhosos. Um clima de solidão que leva à reflexão. E uma ótima história (ainda que tenha os seus problemas no meio).

Rodrigo Estevão: Actual Sunlight – a maior surpresa indie do ano para mim, principalmente por ser mais adulto e por abordar assuntos não usualmente utilizados em games, como suicídio e depressão.

Jogo que queria ter jogado e não tive tempo

Infelizmente ainda não vivemos de jogar. Portanto, há aqueles jogos que estão no nosso radar, entram na mira e mesmo assim eles escapam. Esta é a sua categoria.

Diego Ferreira: Adoro a série Dishonored. Não sou muito bom em FPS ou stealth. Porém são estilos que curto muito. E essa junção num mundo steampunk foi perfeita. Foi um jogo extremamente divertido com muitas opções para resolver os cenários. E ter uma continuação com mais opções, pode vir que eu estou pronto (ainda não).

Rodrigo Estevão: The Last Guardian. Eu esperei por 10 anos por este jogo. Não vou morrer se esperar mais algumas semanas. Por mais que a vontade de cair dentro desta aventura seja grande, a regra do backlog não pode ser quebrada: Respeite a fila, Team ICO!

Maior Backlog Award

Essa é a categoria daqueles que preferem acumular os jogos e não jogá-los!

CastDLC009-VitrineHAMLETOuça

Diego Ferreira: Eu sou um amante do backlog, entretanto, com a paternidade, consegui comprar menos jogos e jogar todos eles (um feito, alguns dirão). Ainda assim, consegui levar este troféu, porque o backlog é um estilo de vida.

Rodrigo Estevão: Não sei se o grande vencedor desta categoria é na verdade um grande vencedor ou um grande perdedor. Ter uma grande quantidade de games para jogar é sempre bom, mas o que fazer quando você não tem tempo para jogar nenhum? É a frustração do gamer adulto do século XXI.

Troféu Mestre Platinador

Esta é categoria dos verdadeiros mestres. Ou melhor do único mestre. O Mestre Platinador.

trophy hunter 0Diego Ferreira: Eu não tenho muitas chances nessa categoria. Primeiro que o meu competidor dá o nome ao troféu. Segundo, porque realmente não consigo ter essa disciplina e vontade de alcançar todos os troféus dos jogos. Com o pouco tempo que tenho, prefiro migrar para o próximo do backlog e continuar a minha carreira.

Rodrigo Estevão: Longe de ser um mestre platinador, eu só tento aproveitar os jogos ao máximo… sempre de olho na próxima platina, é claro. Tá cheio de gamer como a gente aí com muito mais troféus. Entretanto, como não posso negar a homenagem, me resta agradecer: Um beijo pro meu pai, pra minha mãe, e pra você, Xuxa!

Flop do Ano

Essa é a categoria da decepção. O jogo que mais desagradou no ano. Não necessariamente a gente achava que o jogo seria ruim, pelo contrário, só flopou porque as expectativas estavam altas e não corresponderam.

Diego Ferreira: Não joguei nada especificamente ruim de fato no ano de 2016. Mas I Am Setstuna me decepcionou profundamente, ele brincou com a minha nostalgia e a transformou numa colcha de retalhos sem sentido.

Rodrigo Estevão: Batman: The Telltale Series. Principalmente pela forma como ele se inicia, achei que iria ser o melhor jogo da produtora. Entretanto, a guinada vertical a partir do terceiro episódio provoca uma queda vertiginosa em direção ao precipício dos games ruins.

Surpresa do Ano

Por vezes não esperamos como um jogo pode surpreender a gente. Ele vem de mansinho lá de longe e de repente aparece na Tele-Rio vendendo. Boom. Esta é a sua categoria.

Diego Ferreira: Virginia nem estava no meu radar gamer, entretanto o jogo se infiltrou de uma tal forma que não saiu mais da minha cabeça. Com uma narrativa sem palavras movida pela Orquestra Sinfônica de Praga e recheada de referências de Arquivo X e Twin Peaks, Virginia não tinha como não conquistar o meu coração.

Rodrigo Estevão: Destiny. Ainda que o jogo não tenha sido lançado em 2016, até o hoje o mesmo sofre atualizações com DLCs e eventos programados. Fo icom certeza o jogo mais “social” do ano para mim, e graças a ele consegui fazer várias amizades e trocar muitas idéias com vários gamers como a gente. Uma grata surpresa!

GCGoty!

O prêmio do ano. O supra-sumo gamer. O pináculo da qualidade. É tudo aquilo que queríamos e muito mais. A experiência completa que não pode faltar na sua carteira gamer.

Diego Ferreira: Inside talvez entrasse em outras categorias. Mas não seria justo com os outros jogos. Portanto, ele leva o grande prêmio do site para mim. Um jogo perfeito. Não há defeitos em sua jogabilidade. Ele conta uma história sem dizer uma palavra sequer. Você fica boquiaberto com os acontecimentos do jogo. E quando você acha que captou a essência daquilo, você percebe o quão enganado estava. Um jogo que fica na sua cabeça horas depois que você termina. O nome não poderia ser mais apropriado.

Rodrigo Estevão: Pensei muito em eleger Uncharted 4 nesta categoria. Entretanto, meu coração está na dificuldade, na tensão, na história e na jogabilidade de Dark Souls 3. Não existe outro jogo que mais cative o meu gamer interior e me faça vibrar com as vitórias da mesma forma que fazia quando era criança. 

Resenha: Child of Light

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 Em 2014 a Ubisoft nos apresentou um reino em penúria / Escravizados foram todos por uma rainha escura / Este triste reino, outrora feliz, se chama Lemúria / Embora envoltos em sombra, um raio de esperança recusa-se a desmanchar / Pois sabem que o sol, a lua e as estrelas, a princesa da luz irá recuperar…


Bem-vindo a Lemúria

Na Áustria do século XIX, um reino feliz é agraciado pelo Duque que o governa, sua esposa e sua filha tanto amada, Aurora.

Porém a felicidade é efêmera e Aurora morre, pouco tempo depois de sua mãe. A história começa quando Aurora desperta em outro mundo e se depara com uma criatura chamada Igniculus, uma espécie de vagalume falante, que se torna o primeiro aliado da confusa protagonista em sua jornada. Ele pede que Aurora o ajude a libertar a Senhora da Floresta, sua criadora, que está aprisionada. Nessa primeira missão, Aurora encontra sua espada e o seu propósito em Lemúria: recuperar o Sol, a Lua e as Estrelas que foram roubadas pela Rainha Umbra.

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Vários personagens são encontrados durante a viagem. Rubella e seu irmão Tristis, que têm a peculiaridade da alegria e da tristeza. O Capilli Finn, que parece um anão e tem uma longa barba apesar dos seus treze anos de idade. É o mago do grupo. O arqueiro Robert e a misteriosa Norah, irmã de Aurora, entre outros. Cada personagem tem a sua própria história e problemas que são resolvidos com o tempo ou amenizados com a doce melodia da flauta de Aurora. Melodia essa aprendida com a Senhora da Floresta.

Essa espada pesa

O sistema de batalha não é um ponto de inovação em Child of Light. Como já dito na resenha do Grandia (confira nossa resenha aqui) o esquema de batalha bebe bastante desta fonte. A barra de tempo está presente assim como o círculo de ações que podem ser tomadas (ataque comum, magias, itens e etc.). Mas isso está longe de ser ruim!

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O sistema funciona muito bem e força a utilização de uma boa estratégia para vencer. Nunca foi tão importante saber a vulnerabilidade dos inimigos para causar maior dano e isso leva o jogador a se aventurar no sistema de combinação de cristais para aumentar o poder das armas, melhorar a defesa contra ataques elementais, etc.

Apesar de termos disponíveis apenas dois personagens por vez, é possível troca-los em batalha, dando mais possibilidades de estratégias. Diferente de outro RPG da Ubisoft, South Park The Stick of the Truth, que também é excelente e tem um modo de batalha bem parecido, mas não permite a mudança do personagem criado pelo jogador.

O toque de originalidade é a utilização de Igniculus para cegar seus inimigos com um brilho forte e retardar assim a barra de tempo deles ou até mesmo fazer com que errem ataques físicos.

Fora das batalhas, é bem divertido se movimentar pelos cenários lateralmente, principalmente após conseguir a habilidade de voar. Encontrar tesouros e falar com pessoas encontradas nas cidades do jogo não é nada maçante.

Sol, lua e por que não, estrelas?

Além da cativante história, dos personagens carismáticos e da divertida movimentação e lindas batalhas, temos vários motivos a mais para nos deliciarmos com o jogo. Os gráficos dos cenários são lindos, e cores fortes são bem unidas a excelentes efeitos de luminosidade. Nada difícil de imaginar de um jogo que utiliza a mesma engine do belíssimo Rayman Legends.

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O cuidado com as pequenas coisas como diálogos rimados, o jeito como Aurora sente o peso da espada ao levantá-la em batalha e como sua coroa cai no chão ao ser atingida. A personalidade forte da protagonista, a originalidade dos cenários e as músicas do jogo.

Ahhh as músicas do jogo…

Faixas como “The Shadows of pluto” – a primeira canção de batalha – “Mother”, “The Sword of Mars” entre outras, fazem com que o jogo seja um deleite musical para o player por boas horas de jogo.

Luz!

Ainda mais bonito que o jogo é o seu preço! O jogo está disponibilizado por um preço tão acessível que é confundido facilmente com um indie game, Por toda essa qualidade é quase uma obrigação joga-lo.

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Talvez o único ponto negativo do jogo seja a falta de mais diálogos com vozes, mas nada que faça o jogo valer mais do que o preço de venda. Facilmente um dos melhores custos benefícios do mercado de games.

Nota: nota child of light(4,5 / 5,0)