Como já dito no artigo anterior da BGS, este ano os Indies nacionais tiveram um grande destaque na feira. Localizados atrás dos estandes mais visitados, não raro vimos a Rua Indie tão movimentada quanto a avenida principal. A moral estava tão alta que houve até mesmo pequenos campeonatos valendo brindes dos jogos em horários marcados, algo que nunca houve, e a animação e profissionalismo eram visivelmente maiores graças ao grande suporte de negócios que fez com que grande parte deles saísse da BGS com conversar em andamento ou negócio fechado para rodar seus jogos na PSN e Xbox Live.
Vamos aos Indies que chamaram nossa atenção na feira, sempre lembrando que o número de jogos bons está cada vez maior e falta espaço para falar de todos eles.
Aestium – Dawn of hope
Aestus, planeta devastado por guerras nucleares, tem sua pouca população batalhando por cada metro das cidades devastadas em busca de sobrevivência. Quando a humanidade já parecia estar fadada ao seu fim, surge um novo elemento chamado Phocus que serve de energia para veículos rudimentares e alimentam a magia dos conjurocratas. É o grande motivo para a batalha nesse game.
Jogo de card game desenvolvido pela Penski Studio, Aestium tem regras simples em relação a outros card games no mercado. Porém, tem vários diferenciais que obrigam o player a ter um raciocínio estratégico na hora de jogar já que o cenário influencia positiva e negativamente nos valores de defesa e ataque das cartas. Não necessariamente um terreno é totalmente influenciado pelo mesmo elemento, como as batalhas se passam em cidades devastadas, pode haver um deserto no lado direito do mapa e um lago do lado esquerdo e isso pode gerar um problema na hora de dispor as suas cartas pelo cenário.
Outro grande diferencial do jogo é que ele é totalmente grátis, você baixa o jogo e a única coisa que será cobrada são as skins, grande sacada para massificar o card game.
Será lançado ainda em 2016 pela Steam, no Xbox Live e futuramente na PSN. Quer testar o beta? Inscreva-se no site da galera!
Trajes Fatais
As vezes, mesmo as grandes produtoras de jogos de pancadaria tem problemas em encontrar uma fórmula de batalha divertida tanto para os novatos quanto para os jogadores mais hardcore, esta fórmula foi muito bem trabalhada no jogo Trajes Fatais!
Desenvolvido pela Onanim Studio através de crowdfunding, o jogo se passa em uma festa a fantasia onde um uma entidade misteriosa chamada Makiabel concedeu aos convidados o poder verdadeiro relativo as fantasias que os mesmos estavam utilizando na festa, a única maneira de escapar é vencendo o torneio proposto pela entidade.
Basicamente o jogo tem apenas dois botões de ataque – um de soco e outro de chute. O diferencial é que dependendo do botão direcional que você pressiona juntamente com o botão de ataque, o golpe muda e é possível encaixar combos devastadores caso o jogador saiba o que está fazendo. Mas até mesmo os players mais avançados terão algum problema para repetir o mesmo combo várias vezes, o jogo não conta com uma barra de life como geralmente vemos e sim com esferas que se apagam conforme se leva dano, a cada esfera apagada o personagem fica por um curto período sem levar dano algum, o que impede combos infinitos, além de outras funcionalidades.
O jogo tem ótimo sistema de colisão, gráficos muito bonitos e personagens carismáticos além de um som empolgante, a previsão de lançamento é em algum ponto de 2017, primeiramente para PC (Windows, Linux e MAC) e em seguida para Xbox One, PS4, IOS e Android.
http://trajesfatais.com/kickante/en-us/
Black Iris
“Em uma terra distante chamada HERA, muitos humanos estão sofrendo ataques de monstros de todos os tipos, e uma de suas vítimas foi Iris, uma garota que acorda em sua cela sem saber seu nome e sem memórias. A protagonista de Black Iris procura pistas sobre suas memórias perdidas, mal sabendo que sua origem lhe dará poderes, dentre elas, o poder de fazer um contrato com o Aspecto das Sombras.”
Jogo criado pela Hexa game Studio e que bebe muito na fonte de Dark Souls e Witcher 3, Black Iris tem mecânicas típicas de um action RPG com respostas rápidas tanto no ataque e nas esquivas, além de cenário envolvente e belo, com efeitos de luminosidade muito bem detalhados. O jogo chama a atenção pela organização dos integrantes da equipe, apenas três pessoas, que conseguiram colocar uma demo de qualidade apenas oito meses após o início do desenvolvimento do jogo e já tem previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2017. O jogo, que será lançado para PC, já foi aprovado pela Sony e estará também no PS4.
http://www.hexagamestudio.com/black-iris
The Last War
Já pensou em escapar de zumbis e sobreviver a escassez de recursos correndo pelo quintal da sua casa? Essa é a premissa de The Last War!
Totalmente ambientado na cidade do Rio de Janeiro, o jogo se passa em um mundo onde um vírus letal que se espalhou e os sobreviventes devem correr atrás de recursos para se manter vivos e armados o suficiente para fugir dos zumbis, resultado final da mutação do vírus. O jogo te incentiva a formar clãs para se proteger, mas um jeito prático de conseguir recursos é eliminar os outros players e roubá-los.
Porém, uma força tarefa, semelhante ao BOPE, percorre o mapa procurando ajudar os sobreviventes, mas se você for um assassino serial de players, você também será caçado pela força tarefa, denominada apenas de “a ordem”.
Apesar de estar ainda na pré-alpha, o estúdio wolfb conseguiu realizar um excelente trabalho com as mecânicas e sons do jogo. Além de contar com lindos efeitos de luz proporcionados pela Unreal engine, os mapas são criados baseados em plantas reais de prédios do Rio de Janeiro, jogamos no mapa de uma escola onde era possível ver ao fundo o prédio do hotel Sheraton e foi incrível para a ambientação perceber que o mapa era real.
Para a pré-alpha de 2017 que será lançada na Steam, a área de jogo terá 22 km e será aumentada aos poucos, no prazo de dois anos a promessa é de que essa área alcance incríveis 400 km!
Viva a indústria nacional de games!
A cada ano, podemos verificar que existe mais e mais o aumento de qualidade dos jogos indies nacionais e é gratificante vê-los dividindo espaço e atenção com jogos consagrados. Chroma Squad e Shiny são exemplos de jogos de excelente qualidade que já estavam sendo apresentados diretamente nos estandes da Sony e da Microsoft. Desejamos sorte e sucesso para todos aqueles que buscam os seus sonhos!