Olá amiguinhos gamers!
Mais uma vez estivemos presentes na BGS e a edição de 2016 foi recheada de surpresas, alegrias e algumas decepções. Mas acima de tudo somos gamers e vamos papear sobre o que rolou esse ano na maior feira de games da América Latina!
Novo espaço, nova organização, muito mais conforto.
Realizada pela primeira vez no recentemente reformado São Paulo Expo, é impossível não observar o salto de qualidade que tivemos esse ano em todos os aspectos da feira. Praticamente todas as reclamações mais aparentes da edição 2015 foram sanadas graças ao maior espaço e melhor organização dos estandes.
Há muito mais espaço para se locomover e finalmente os espaços da Sony e Microsoft, estandes mais concorridos da feira, foram colocados um ao lado do outro ao invés de frente a frente. Isso facilitou enormemente o deslocamento no corredor de acesso e não se via mais as habituais confusões de filas (assunto será abordado no artigo “Povão Kombat 2”). Além disso, vale mencionar a nova colocação dos jogos indies. Imediatamente atrás dos estandes do Playstation e Xbox One, os desenvolvedores nacionais de jogos indies foram muito mais visitados esse ano, vários estandes fizeram até campeonatos durante os dias da BGS valendo prêmios! Sem dúvida uma grande força para impulsionar o mercado gamer nacional (Sim! Eles merecem destaque! Falaremos melhor do assunto no artigo “Street Indies 2”).
Vale destacar que havia muita coisa para se fazer além de jogar – campeonatos de Counter Strike: GO, estandes do Youtube e Twitch bem movimentados e os já tradicionais espaço dos arcades e a apresentação de vídeo games antigos, além de várias lojas de artigos geek para a sua fome de gastar dinheiro (Falando nisso, já conhece a loja do Gamer como a Gente? Clique aqui).
Para completar, o espaço de alimentação estava muito maior que nos outros anos. Ocupando toda a parte externa da feira, podia-se escolher o que comer em todos os lados, sem a necessidade de andar muito. Ressalto também a limpeza tanto da praça de alimentação e dos banheiros como no restante da feira, funcionários faziam a limpeza o tempo inteiro e havia várias cestas de lixo espalhadas, o espaço ficou muito mais agradável.
Mas vamos falar de games? Sim! Vamos falar de games.
E não é que é bom mesmo?
No estande da Ubisoft, além dos já tradicionais Just Dance e Assassins Creed, pude observar dois jogos anunciados na E3 deste ano, Steep e For Honor.
Steep é um jogo bem menos arcade do que eu suspeitava, achei as mecânicas bem parecidas com a série Skate e é sim bastante divertido. Gráficos muito bons e boa sensação de velocidade na descida da montanha.
For Honor também foi uma grata surpresa, esperava um jogo na linha de Dinasty Warriors mas é bem mais complexo. Os golpes não são tão rápidos como na série citada e você deve acabar com vários “bots” durante a guerra, mas se você encosta em outro player a tela imediatamente muda para um X1 bem balanceado. Ainda não sei se haverá alguma parte estratégica no jogo, não ficou claro na demo, mas na parte de jogabilidade ele é sim muito divertido e me deixou com um bom hype.
Infelizmente não havia nada jogável de Watch Dogs 2, mas a apresentação em vídeo feita para a BGS mostrou que o jogo parece bem diferente do primeiro (que é totalmente passável).
No estande da Warner podia-se verificar o tão aguardado Batman VR, mas infelizmente a empresa optou por distribuir apenas ridículas 12 senhas por dia para o público da BGS, primeira grande decepção da feira, mas não a maior delas.
Estou procurando uma pessoa mas… gostaria de jogar um Gwent?
Difícil não se impressionar com o gigantesco estande feito exclusivamente para promover o jogo solo do Gwent, o famoso jogo de cartas do universo de The Witcher. Mesas enormes de madeira te deixam no clima para um embate mano a mano com a pessoa sentada a frente, a regra é a mesma do jogo Witcher 3 e a demo contava com quatro decks diferentes. Como sempre, fui derrotado, dessa vez pela minha irmã que nunca jogou o jogo… Mas o jogo é ótimo e viciante.
Festa animada, mas com gosto de frustração
Estande da Microsoft esse ano com toda certeza ganhou o prêmio “interação com o público 2016”, não havia um só momento aonde o público não estivesse sendo entretido com algo no movimentado palco da turma do tio Bill. Mini campeonatos de Gears of War, Guitar Hero e Killer Instinct onde os concorrentes jogavam em altas plataformas, o perdedor caia por um alçapão direto em uma piscina de bolinhas verdes para delírio da galera.
Na parte dos games, algumas boas surpresas. Shiny, jogo indie brasileiro que foi citado por nós na edição do ano passado, era completamente jogável no Xbox One e se mostrou sensacional! A demo do FIFA 2017 também estava lá, com gráficos renovados pela Frostibite engine (e as travadas de renderização também).
O novo Forza Horizon estava presente, mas infelizmente apenas no controle (sem volante para jogar? Magoei, Microsoft), várias estações de Final Fantasy XV além de termos em mãos um dos jogos mais aguardados do console, Recore. Esse último me pareceu bem animador, gráficos bons, jogabilidade rápida, e o botão de tiro carregado (não podia faltar né?) mostram que o jogo será um bom título para a galera da Microsoft.
Mas nem tudo são flores, se você está no estande da Microsoft, você está pensando em Halo e Gears of War certo? Logo de cara se vê as estações para jogar o novo jogo da franquia Halo, Halo wars. O jogo é bastante técnico e parece querer agradar um nicho específico de gamers, não raro se via gente saindo no meio da demo ou os diversos funcionários do estande tentando explicar como o jogo funcionava. Particularmente eu não achei nada demais, com comandos confusos e pouco intuitivos.
Mas a cereja do bolo mesmo era o Gears of War 4, estava louco para finalmente ver a evolução da franquia, uma demo jogável para finalmente sabermos do que se trata. Mesmo no dia de imprensa a fila era grande para testar o jogo e ao entrar, uma grande decepção.
Ao invés de uma demo espertíssima para ficarmos no hype do game, colocaram todos para jogar o modo horda, com dificuldade baixíssima, com comandos muito semelhantes a qualquer multiplayer dos jogos da série. Se me perguntassem de qual jogo da franquia aquela tela pertencia eu realmente ficaria com dificuldade de responder. Posso dizer que foi a minha segunda maior frustração da feira. A maior de todas? Já chegaremos lá.
Estava indo tão bem, mas na hora de tirar o dez…
Organização foi a palavra de ordem no estande da Sony esse ano.
Filas com tempo estimado de espera, espaço suficiente para acompanhar os jogos como “papagaio de pirata” e nada de ver a famigerada fita crepe no chão marcando fila. Finalmente a Sony me deixou feliz, com um único porém…
A sony resolveu levar o Playstation VR para a feira e alegando “evitar tumulto” colocou cerca de 50 senhas para distribuir aos primeiros que chegassem, você não conseguiu a senha? Sem problemas! espere na fila de backup, se alguém faltar você pode ir no lugar!
Tudo seria lindo se não fosse o fato da assessoria de imprensa da Sony estar liberando free to pass a rodo para seus mais chegados. Era muito maior o número de pessoas entrando na fila de senhas com o free to pass do que com senhas isso enquanto as pessoas na fila de backup esperavam por mais de uma hora.
Ao sair da fila e reclamar com o Felipe, organizador do estande, ainda me foi oferecido um free to pass para parar de reclamar, assim que disse ser da imprensa. Oferta recusada por mim de pronto.
No dia seguinte, tudo melhorou! Não, a Sony simplesmente acabou com a fila de backup e com as reclamações dos chatos que não deixam ela usar seu free to pass em paz, lamentável.
Mas vamos falar de jogos! Logo de cara já parti feroz para o gameplay do Gran Turismo Sport e não me decepcionei. Gráficos lindos, excelente resposta do veículo e sensibilidade apurada no toque do carro me deixaram bem animado, resta saber se haverá modos de jogo tão profundos como o clássico “tirar carteira de habilitação” dos jogos da série normal.
Vendo o gameplay do novo Call of Duty percebi o quanto a franquia está cada vez mais estagnada nas suas ideias e mecânicas. Pulos duplos, corridas pela parede, cenários, layout de mapas… tudo está muito parecido com a versão anterior, Black ops 3. Para piorar, a maioria dos gamers em volta só perguntava sobre o online da edição remasterizada do primeiro Modern Warfare (CoD 4). Está na hora de voltar ao passado Activision…
Dentre os jogos disponíveis, tínhamos o Final Fantasy XV, Dragon Ball Xenoverse 2 e vários outros, mas um jogo que me chamou a atenção foi Bound. Esperava algo épico dele, algo parecido com Journey, me causou certa apreensão o jogo começar com uma grávida caminhando pela praia, controlada pelo jogador. Então você surge em um mundo completamente geométrico no controle de uma personagem com movimentos de ginasta olímpica. Porém, com cenários pobres e mecânica travada, os movimentos acrobáticos se mostraram de pouquíssima utilidade. Era possível terminar a demo ser fazer acrobacia alguma e de forma geral, só apertei os botões para ter a sensação de que algo estava diferente. Cenários pobres ajudaram a aumentar o desânimo em relação ao título.
Depois, foi a vez de curtir Horizon, e se eu tinha dúvidas na hora de compra-lo, todas se foram na hora em que vi o gameplay. Jogabilidade fluida como poucas vezes vi, várias maneiras de batalhar com inimigos, tudo muito bem distribuído em um menu circular que faz o tempo ficar mais devagar ao ser acionado (bem no estilo Witcher). Domar animais cibernéticos para andar pelo vasto território é bem divertido e me parece sim um jogo indispensável para aqueles que tem o PS4. Sem dúvida, melhor jogo apresentado na feira esse ano.
Melhorias palpáveis
Se já era altamente recomendável para os gamers ir ao evento, agora recomendo ainda mais! Nunca foi tão confortável visitar a feira e apesar das grandes filas nos dias mais movimentados, o sofrimento passou a ser menor graças a pequenas alterações, principalmente no estande da Sony.
com certeza a feira melhorou imensamente…só as opções de comida caras e sem muito atrativo que me decepcionaram um pouco.:(
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