“De perto, todo ser humano é interessante.”
Devo confessar que cheguei um pouco tarde no Gone Home. Originalmente lançado em 2013 somente para PC pelo pequeno estúdio Fullbright, o jogo foi laureado tanto pela mídia como pelos jogadores. E três anos depois (incluindo um cancelamento) sai a versão de console do jogo. E que numa ótima jogada pela Sony, o incluiu no seu pacote mensal de jogos de graça do mês de junho.
“Família modelo”
Gone Home conta a pequena história de Kaitlin, filha mais velha dos Greenbriar, que retorna da Europa após uma longa viagem. O jogo se passa em 1995, então é bastante interessante notar todas as peculiaridades da época sendo representadas. Ao chegar em casa, Kaitlin se depara com uma casa vazia e um aviso na porta, escrito pela sua irmã, Sam, implorando para que o seu paradeiro não seja investigado.
O jogo se enquadra nos famosos “walking simulators”, ou seja exploração não linear em primeira pessoa. A minha experiência com esse tipo de jogo já tinha sido ruim com Everybody’s Gone To The Rapture e muito boa com Firewatch. Fora que já tinha ouvido boas coisas sobre ele e que era um dos bons exemplos, então estava ansioso para começar.
Você interage com os diversos objetos no cenário em busca de pistas do paradeiro da sua irmã. Até aí, tudo muito simples. E é mesmo. E não tem dificuldade e você não vai ficar preso em nenhuma parte do jogo. O ponto focal, no entanto, é a história. Mas não é uma história épica, como já estamos acostumados, mas uma jornada intimista pela mente de uma pessoa. E isso é bem legal. Muitos podem argumentar de que é algo sem graça, de que dá para matar o “plot twist” logo de cara. Contudo, digo que não é. É muito interessante ir descobrindo os pequenos detalhes que as pessoas deixam nos seus rastros e o que isso diz sobre os seus momentos e as suas personalidades. É quase uma experiência voyeur.
Revelar mais sobre o jogo pode estragar a sua experiência de descoberta (e por isso não coloquei mais fotos na resenha). E como se trata de um jogo curtíssimo, somente há uma primeira vez. Jogar novamente não tem esse impacto todo, visto que você já sabe onde está tudo. Fora que existe um troféu para terminar o jogo em 1 minuto! 1 minuto!
Não deixem de conferir Gone Home.
Nota: (4,0 / 5,0)
Eu gostei, parece bem legal.
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Ultimamente tenho me dedicado a games como este, são mais ‘introspectivos’ e, o melhor para mim ao menos, são curtos.
Esse game você consegue terminar em uma sentada só (lá ele!) e é realmente uma pequena joia
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De acordo! Apesar do curto tempo de jogo é uma experiência completa! Acho que é isso que precisamos mais visto que o nosso tempo está ficando cada vez mais curto. São muitos jogos batalhando pela nossa atenção e todos com muitas horas de jogo… Tenso…
Em tempo, jogou Firewatch?
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