Resenha: Cavaleiros do Zodíaco – Alma dos Soldados

resenha cv 1

Faça elevar o cosmo do seu coração!!

Aos que conseguiram vivenciar a década de 90 em todo o seu esplendor, é realmente difícil não se identificar com Cavaleiros do Zodíaco. Nessa época não tínhamos internet, raramente tínhamos acesso a um mangá e os animes tinham profundidade zero no nosso país.

Então meus amigos, surgiu na nossa querida e saudosa TV Manchete, aquele anime que seria o desbravador de nossas terras, que abriu portas para outros excelentes animes como Yu-Yu Hakusho, Dragon Ball Z, dentre outros…

Essa nostalgia me fez querer consumir muito os produtos dos cavaleiros. Chicletes com figurinhas, bonecos, álbuns e porque não, o jogo dos Cavaleiros do Zodíaco – Alma dos soldados.

E temos que ter muita nostalgia…

História tão confusa que parece o mangá

resenha cv 2

Os modos de jogo de Almas dos soldados não são muito diferentes do que vimos anteriormente. Modo battle, que dá para jogar um “versus” contra seu amigo gamer, torneio da guerra Galáctica que nada mais é do que um torneio normal, sem qualquer ligação com a história. Temos também o modo online, que não traz nenhuma novidade relevante (mas traz muito lag, ahhh como traz…). Mas as grandes novidades são o modo “Batalha de ouro” e “lenda do cosmo”, e é neles que reside a minha grande frustração…

Para quem viu a nova saga dos cavaleiros de ouro chamada Souls of Gold, impossível não ter ficado na expectativa de jogar com as novas armaduras divinas e derrubar a Yggdrasil, muito bom selecionar o Aioria de Leão com a armadura divina e derrotar o… Ikki de Leão?

Apesar de ter as armaduras divinas, o modo de batalha não segue em nada os acontecimentos de Souls of Gold, você apenas faz algumas batalhas sem sentido, claramente com a intenção de que você destrave as armaduras e tenha um pretexto para utiliza-las, já que o modo Lenda do cosmo também não conta com a saga.

Então… Vamos para a Lenda do cosmo!!

Fiquei muito empolgado ao ver que a saga de Asgard foi finalmente adicionada ao jogo dos cavaleiros. Muito interessante poder jogar com Bado, Shido, Mime e afins. Mas eu sou um fã nostálgico, queria relembrar a história e comecei primeiro pela saga do santuário.

A primeira decepção é que você já começa direto na batalha das doze casas, nada de cavaleiros de prata por aqui. As histórias são contadas por meio de cenários que você vai habilitando a cada vitória, mas como a história é mal contada…

Diferentes de jogos como Naruto, onde mesmo sem saber a história do mangá você entende perfeitamente o enredo, no jogo dos Cavaleiros se você não sabe nada a respeito você simplesmente aperta o botão para pular as fraquíssimas cutscenes . A história é pessimamente contada desde a saga do santuário até a saga de Hades, chega ao ponto da narrativa ser feita durante a luta, ou seja, você não consegue prestar atenção na luta e nas falas ao mesmo tempo.

Para completar, o jogo ainda mistura mangá com anime na sua linha narrativa, quando, apesar de ver a saga de Asgard (exclusiva do anime) e na saga de Hades vemos só o Shiryu dispersando a colisão de Exclamações de Athena (Que só ocorreu no mangá, sendo feita pelos quatro cavaleiros de bronze no anime).

Pior que isso, só ver o dragão negro tendo um irmão gêmeo cego…

Esses são os Campos Elíseos, onde as flores parecem papel e o capim é um borrão verde

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Graficamente falando, o jogo deu uma melhorada em relação aos modelos dos personagens, apesar da mão completamente desproporcional, as armaduras estão muito bem feitas e espelham bem a sua grandiosidade, sobretudo com as armaduras divinas, mas quando o assunto é background…

Os cenários não tem vida nenhuma, continuam no mesmo esquema de cenários 3D aonde claramente você observa as bordas, tudo muito pobre, tudo muito mal feito. Mal dá para se notar a diferença entre as doze casas durante as batalhas.

Mas a cereja podre do bolo são os campos Elíseos.

Se me dissessem que aquele cenário foi reaproveitado de um jogo de PS2 eu acreditaria na hora, é simplesmente inadmissível um jogo lançado para PS4 ter aquele nível de qualidade gráfica.

Eleve-se cosmo! Eleve-se ao infinito!!

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Depois de tudo, o jogo está lá no chão, com a armadura esfacelada e o dragão nas costas desaparecendo. Mas eis que escutou Athena chamando diretamente no seu cosmo.

O jogo tem pontos positivos também, mas somente se você é um fã absoluto da série.

A quantidade de skins disponíveis é muito grande, em alguns casos dá para jogar até sem armadura nenhuma. A única coisa que incomoda é a pouca variedade de espectros de Hades. Mas poder finalmente jogar com os guerreiros deuses de Asgard é muito bom.

Sobre as mecânicas de combate, a melhor parte do jogo.

Houve uma clara evolução das mecânicas básicas do jogo anterior, Bravos soldados, a fluidez dos combates está muito melhor, os ataques big bang estão bem bonitos além de algumas finalizações lembrarem muito os ângulos de cena desenhados por Kurumada no mangá original.

Mas não é um jogo profundo, não espere um The King of Fighters nas mecânicas de jogo, todos os combos são ridiculamente fáceis de serem executados e o jogo é bem desbalanceado em alguns momentos. Novatos podem se deliciar com os ataques simples da corrente do Shun que tem um alcance inacreditável, e se desesperar ao perder uma luta levando uma sequencia de golpes simples do Aioria. Porém ficou bem simples esquivar de certos ataques e até mesmo cancelar Big Bangs, o que irrita bastante quando se é a vítima do cancelamento.

O ponto fraco do cólera do dragão

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Mas a coisa realmente ruim e irritante do jogo é que para se ter acesso a todos os colecionáveis você precisa fazer um “grind” absurdo para conseguir moedas e comprar as coisas. As vezes no meio da luta você ganha como prêmio o desbloqueio do item “para compra”, o que é bastante frustrante. O pior de tudo é que o jogo te obriga a jogar muitas vezes. Como o esquema de batalha não é profundo, isso se torna um martírio sem fim e um círculo vicioso.

“O sistema de jogo é simples, seria melhor se tivesse todos os personagens, para ter todos os personagens você tem que se acabar de jogar com os poucos personagens que tem.”

A recompensa parece não valer o custo e você acaba desistindo.

Saaaoooooooriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

O jogo é recomendável apenas para os fãs da série, como jogo de luta é bem raso. Destaque para a dublagem em português com os dubladores originais da série. Para quem não sabe, Cavaleiros fez tanto sucesso que elevou os dubladores a um novo patamar, transformando-os em celebridades para os fãs.

nota:      resenha cv 6

Abra seu coração gamer

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