Olá amigos!! Terminada a maravilhosa feira de games E3 que para nós é como se fosse uma espécie de “natal” dos games, vimos lindas apresentações. Tanto da Sony que finalmente mostrou o Last Guardian que ao que parece será lançado e o remake de Final Fantasy VII. Quanto da Microsoft que demonstrou a sua Hololens encantando e assombrando os gamers do mundo. Mas uma coisa chamou nossa atenção nesta edição da E3, o anúncio de retrocompatibilidade dos jogos do Xbox 360 no Xbox One.
Oh my God! I’m so RETRO!!
Anunciada com toda a pompa pelo chefe da divisão de Xbox da Microsoft, Phil Spencer, a retrocompatibilidade fez todo o povo gamer vibrar como podemos observar no vídeo publicado pelo Gamer como a Gente (aqui!). A retrocompatibilidade porém não é tão simples como colocar um adaptador no seu Mega Drive e rodar um jogo de Master System. O Xbox One irá rodar jogos de Xbox 360 como se fosse um emulador, apertando os botões de view e o botão de menu ao mesmo tempo você será levado para a interface do 360, mas com algumas funcionalidades do One e até mesmo gravação de vídeos.
Porém, ele não rodará direto do seu DVD de Xbox 360. Ao colocar o disco no Xbox One ele irá fazer o download do jogo para dentro do seu HD e “emular” o game, ainda assim nem todos estarão disponíveis de pronto. Até o fim do ano a Microsoft promete cerca de cem títulos, mas que para serem retrocompatíveis devem ter a autorização das empresas que são donas dos direitos de cada um. Aí amiguinhos, é que começa a polêmica…
Tira a mão do meu remaster!
Com o advento da nova geração de videogames, nós temos a possibilidade de jogar lindos e novos jogos e nos emocionarmos com eles. Mas o que aconteceu nesses primeiros anos foi uma enxurrada de remasterizações. Tomb Raider, The Last of Us, Gears of War, GTA V são apenas exemplos de jogos que foram atacados com o raio remasterizador e foram utilizados para cobrir a ainda pouco variada biblioteca de jogos tanto do PS4 quanto do XBox One. Sem o menor pudor, até mesmo com jogos não muito expressivos como Sleeping Dogs. Muitos pensam no remaster apenas como uma maneira das empresas lucrarem lançando algo que não é novo (o que pode ser verdade) mas será que esse raio remasterizador é tão ruim assim?
Superetrô vs Remasterman das Trevas
Por que uma empresa impediria seus jogos de ter uma vida útil mais longa na retrocompatibilidade? Por qual razão não lucrar mais vendendo seus jogos já lançados na Xbox Live impedindo os usuários de baixarem os jogos tão queridos para uma nova jogatina? É meus amigos, ao que parece o motivo se chama remasterização.
Lançando um remaster com novos investimentos, uma empresa pode lucrar mais do que deixando um jogo antigo no mercado. Jogos antigos custam bem menos do que os mais de R$100 que temos que desembolsar para ter um jogo “da nova geração”. Além de obrigar as pessoas que já possuem a versão antiga a desembolsar de novo o seu rico dinheirinho para poderem migrar para a nova geração em paz. Se uma empresa mirou seu raio remasterizador para um de seus jogos preferidos, diga adeus!! A chance de haver uma retrocompatibilidade liberada depois é quase nula. Prepare o seu bolso para comprar novamente seu Gears of War e o Halo que já foram tão caros na época.
Esse sentimento de “é remaster ou nada” só ficou mais evidente depois da declaração de Shuhei Yoshida, presidente da Sony’s Worldwide Studios: “Não vamos mudar nosso foco. O PS4 não tem retrocompatibilidade”.
Todo nós ganhamos
Pontos positivos e negativos a parte, independente da postura remasterizadora da Sony e do projeto ainda muito beta de retrocompatibilidade da Microsoft, todos saem ganhando de alguma forma.
Aqueles que não tinham um PS3 e compraram um PS4 podem jogar títulos exclusivos como The Last of Us e futuramente God of War 3 com gráficos mais atualizados com a mesma experiência dos que já jogaram os títulos. A postura da Microsoft abriu um caminho sem volta que deixa a posição da Sony em xeque, será que se a Sony começar a perder market share manterá essa postura rígida em relação a retrocompatibilidade?
Com a palavra, o mesmo senhor Shuhei Yoshida:
“Retrocompatibilidade é algo difícil. Não digo que nunca faremos, mas é algo que não é fácil de ser feito. Se fosse fácil, já estaria aí.“
Sempre em mudança de geração, quando se olha para a anterior e ela parece atrativa é porque algo tem. Para o gamer que não é fanático pensar que ele não precisa já chegar na nova geração de cara, ele terá acesso a ótimos preços e uma grande variedade de jogos.
Ter acesso a jogos do passado é um ótimo recurso e todo mundo sabe que os gamers adoram os jogos antigos. E por que não rejoga-los?
E o meu principal argumento é que esta tendência dos jogos estarem se tornando cada vez mais equiparados a serviços (SaaS) e não a produtos (jogos na caixa, físico), ficaria em tese cada vez mais fácil disponibilizar essa biblioteca de jogos antigos. Visto que eles são um serviço. Um ponto a favor disso é o PS Now que permite via streaming jogar games antigos.
Em tempo, deixo isso aqui para dizer que os gamers realmente se importam com essa parada:
http://www.gamespot.com/articles/red-dead-redemption-leads-xbox-one-backward-compat/1100-6428346/
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