Resenha: Dragon Age Inquisition

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Uma fenda no céu e uma heroína na terra (human female rogue FTW!)


Thedas

Mapa DA

Bem-vindos novamente a Thedas. Para aqueles que reclamaram do escopo do segundo jogo da série, agora não mais têm o que falar. A Bioware trouxe um vasto mundo para ser explorado. A campanha basicamente se passa entre as nações de Orlais e Ferelden, alguns poderiam argumentar de que se tratam de representações da França e da Inglaterra, respectivamente.

Algumas comparações pertinentes, enquanto que em Skyrim a totalidade do mapa está aberta ao player logo de cara, além de que a travessia é feita sem transições; em Inquisition, as regiões são contidas em seu próprio mapa. Apesar disso, percebo que em Inquisition há uma maior capricho na qualidade do mapa em si, gerando mais encontros e cenários interessantes. Ao passo que em Skyrim, o gamer poderia ficar um bom trafegando por regiões completamente inóspitas e sem conteúdo relevante.

Antes de começar o jogo, principalmente para aqueles que jogaram as outras edições da série, vale conferir o Dragon Age Keep. Lá você poderá personalizar o seu estado de mundo conforme as suas escolhas feitas anteriormente, da forma que elas sejam refletidas nesta edição. Caso Inquisition seja sua primeira incursão no mundo de Dragon Age, pode ir com o estado default, sem problemas.  No entanto, é bom frisar que como o jogo se utiliza de muitos conceitos anteriores, é possível que o gamer novato fique um pouco perdido, devendo ler os codices no menu do jogo.

Inquisidor apresente-se!

O jogo apresenta um robusto modo de criação de personagens, desde a escolha de raças até mesmo com respeito as minúcias dos atributos físicos. Dentro das raças, o gamer pode escolher entre os tradicionais humanos, elfos e anões e também agora novidade nesta versão, os qunaris.

DARace

As classes disponíveis no jogo são as conhecidas: guerreiro, ladino e mago (esta não permitida aos anões). Adicionalmente dentro das classes guerreiro e ladino, pode-se escolher uma característica de batalha específica. No caso do guerreiro: espada e escudo ou espada de duas mãos. E no caso do ladrão: dual-wielding ou arco-e-flecha. Mais adiante no jogo o gamer poderá escolher uma entre três especializações, dependendo da sua classe principal. A novidade agora é que as especializações estão associadas a quests, ou seja, você precisa primeiro liberar e completar o desafio específico para poder se especializar. Ponto interessante também é que o seu personagem não é silencioso e você pode escolher entre dois tipos de atuação para te representar. Bem legal.

DAClass

A mão que balança o céu

O jogo começa com o seu personagem sendo acusado de ter destruído o conclave dos magos e templários, dado que você foi o único sobrevivente do acidente. Não só isso, mas também você é culpado pela grande fenda que se abre nos céus. E ela de alguma forma está ligada ao poder que emana de suas mãos.

No desenrolar da história, você começa a montar a Inquisição, um poder paralelo que age como um bastião da justiça num mundo imperfeito. O objetivo da história é muito simples, entender o motivo da existência das fendas e fecha-las. Ao contrário dos outros jogos da série, a main quest é relativamente curta, além de que há poucas escolhas morais a serem feitas. Mas isso não importa, o jogo se sobressai muito é na construção de mundo.

E como sempre o destaque vai para a ensemble de personagens, algumas caras conhecidas e outras novas. A interação entre eles é fantástica e dá gosto ficar ouvindo horas e horas de seus diálogos. É interessante ver que eles existem e interagem sem o input do jogador. Várias vezes fiquei na dúvida ao escolher os personagens que levaria junto comigo, não só pela questão do poderio, mas também pelas conversas que eles poderiam ter. Outro ponto já tradicional dos jogos da Bioware é interagir com os seus companheiros sempre após missões ou algum outro evento relevante, você pode se surpreender com as conversas.

Vale mencionar também as quests específicas dos seus companheiros, são muito legais e profundas, tanto pela descoberta do seu background como pelas opções de romance. Inclusive um personagem revelou muito mais sobre si ao ser romanceado. Aliás, um outro personagem ao ser romanceado revela muito mais sobre o próprio background da história. Não vou dar o spoiler, o jogador perspicaz irá perceber isso.

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Ao ataque, Inquisição!

O jogo traz alguns elementos novos em seu gameplay. O ataque básico agora está no gatilho e pode ser mantido pressionado para ataques contínuos. Há um pequeno combo atrelado ao ataque básico, e algumas das armas modificadas podem alterar este combo adicionando skills ao mesmo. Conforme você evolui os personagens, pontos são disponibilizados para serem alocados nas diversas classes, sendo que cada habilidade tem dois níveis. Normalmente o primeiro nível da habilidade desbloqueia também aumentos nos stats dos personagens, sendo essa a única forma de evolui-los.

Em geral, nos modos mais fáceis os personagens controlados pelo computador se comportam bem. Mas em níveis mais difíceis, com fogo amigo acionado, é de suma importância utilizar a câmera tática. Sem ela, você não sobreviverá! Ao pausar o jogo, você tem acesso as principais estatísticas dos inimigos, podendo assim se organizar tanto em termos de posicionamento quanto de ataque.

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Outra novidade, e essa me causou certa estranheza, é a falta de magias de cura. No final acabou funcionando, porque obriga o jogador a abusar de buffs, debuffs e poções. A maior parte dos buffs acrescenta uma segunda barra de energia no personagem. As únicas maneiras de se recuperar o HP são: tomando uma poção de energia ou com a especialização Knight Enchanter disponível para magos (e para a personagem Vivienne) que possui uma habilidade overpower de recuperação.

O jogo também vem com um modo de crafting bastante robusto onde você pode utilizar os itens coletados ao longo de sua jornada para transformar armas, armaduras e por aí vai.

Ao se completar as inúmeras missões do jogo você ganha pontos de poder e pontos de influência. Com os pontos de poder, o gamer pode abrir novas áreas e novas missões do jogo. Para abrir novas áreas, o Inquisidor conta com três assessores e cada um com seu estilo peculiar. Apesar de não ter efeitos muito profundos no jogo, é interessante parear um assessor com o tipo de missão que lhe é favorável em termos de estilo. Pois cada um tem o seu jeito de resolver. E isso aparece no mostrador de tempo restante da tarefa, que corre em tempo real (funciona com o console desligado também), quanto menor o tempo, melhor o assessor para aquela missão.

Enquanto que os pontos de influência se transformam em melhorias para a própria Inquisição, sendo que cada nível alcançado concede um ponto a ser alocado nas seguintes categorias: Forces, Connections, Secrets e Inquisition. Sendo as três primeiras categorias referentes as principais características dos assessores do Inquisidor.

Conclusão

Eu gostei muito do jogo e claro, sou fã da série desde o seu início! Fiquei completamente concentrado e imerso nesse mundo! E assim que terminei, comecei uma nova partida para experimentar algumas coisas diferentes. Devo dizer que jogar como mago está muito melhor do que antes.

Mas devo comentar acerca de alguns pontos. Um deles é o fato de que algumas quests no meu gameplay estarem quebradas. Claro, eram quests sem a menor relevância para o escopo geral. Aliás, este é outro ponto que me incomodou um pouco, a abundância desses tipos de missões e que se repetiam em todos os mapas do jogo. Me parece que isso é feito para artificialmente estender a longevidade do jogo. Isso é corroborado pelo fato de que quando você termina a história, você pode continuar jogando (com exceção das quests de companheiros). Mas não curti, e no final você até acaba tendo que fazer várias dessas para poder descolar pontos de poder e liberar novas áreas.

A main quest suscita mais perguntas do que respostas, não sendo tão profunda assim como eu esperei, principalmente dado o escopo do jogo. O vilão é sem graça no fim das contas, apesar de começar muito bem. E nas famosas cenas pós-créditos, ali que realmente a história dá aquela esquentada, mas já é tarde demais.

É um jogo bastante robusto, com muito conteúdo, que com certeza vai trazer centenas de horas de divertimento para o gamer. E claro, dragões!

Nota: DANota (4,0 / 5,0)

Um comentário sobre “Resenha: Dragon Age Inquisition

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