Resenha: inFamous Second Son

inFamous SS LogoDo que é feito um herói?


Origens

inFamous Check

inFamous é a série da Sucker Punch desenvolvida exclusivamente para os consoles da Sony. O primeiro jogo publicado em 2009 foi bem recebido pela crítica e fãs, tanto pelo seu design de sandbox, como pela história contada em estilo quadrinhos. A saga de Cole MacGrath e o surgimento dos condutores foram os pontos abordados e concluídos nos dois primeiros jogos.

inFamous Second Son parte de um novo início. Sete anos após os eventos ocorridos em Empire City, agora a história se passa em Seattle. Uma polícia chamada D.U.P. foi criada para caçar e prender os condutores, agora acusados de serem bio-terroristas tanto pela mídia quanto pela população.

Delsin Rowe, o novo protagonista mora em uma reserva indígena com o seu irmão Reggie. Delsin é o típico delinquente juvenil rebelde e o seu irmão vive tirando-o de apuros. Após um acidente na reserva envolvendo condutores e a chefe do D.U.P, Augustine a antagonista do jogo, Delsin se descobre um condutor com o raro poder de absorver as habilidades de outros. Ele vai parar em Seattle atrás de Augustine em busca de seu poder, aproveitando também para minar a influência do D.U.P na cidade.

Poderes

inFamous Power-1
inFamous Second Son vem novamente com o conceito de Karma tradicional já da série. Se Delsin se portar como um herói ganhará Karma azul, do bem. Caso contrário, ganhará o vermelho, do mal. Durante o jogo, assim como as demais edições da série, Delsin deverá escolher entre o caminho do bem ou do mal. Infelizmente, ainda não conseguiram ajustar muito bem a questão das escolhas, se tratando apenas de uma decisão binária.

Pontos para a Sucker Punch na criatividade dos poderes disponíveis para Delsin absorver durante o jogo. Embora, eles façam essencialmente as mesmas coisas, sendo em muitos momentos apenas uma questão estética. E claro, não poderia deixar de faltar o tradicional golpe do R2, os “tirinhos” que serão usados para despachar a maior parte dos inimigos. Aliás o que dizer do golpe normal? Apenas um combo de três acertos, muito lento e basicamente inútil ao longo do jogo. Além disso, quando é preenchida totalmente a barra de Karma ao realizar boas ou más ações, Delsin pode realizar um ataque de área devastador.

A evolução dos poderes é feita através dos estilhaços que são recolhidos das sentinelas aéreas (algumas ficam até mesmo paradas) ou quando um comando móvel do D.U.P é destruído. Outros poderes para serem liberados dependem do nível de heroísmo ou vilania de Delsin.

Infelizmente para um jogo onde são vários os poderes não existe essa sensação de realmente ser um super-herói (ou vilão).

Universo

inFamous Map

Uma coisa que não se pode reclamar do jogo são os detalhes gráficos e a fluidez das movimentações dos personagens. Tudo está muito lindo e estonteante. Realmente capricharam. Infelizmente o sandbox de inFamous não evoluiu muito, Seattle está dividida em vários distritos com exatamente as mesmas atividades a serem realizadas. Destruir o comando móvel do D.U.P, achar o agente secreto, destruir câmeras escondidas, fazer pichações, entre outras. Nada muito interessante. Qual a recompensa? Apenas um percentual no mapa e o sumiço das patrulhas D.U.P no distrito. Nada disso é obrigatório e muito menos interfere na história. Entretanto por vezes é obrigatório destruir o comando móvel para poder prosseguir com a história. Nada demais.

O principal meio de locomoção pela cidade é feito pelos topos dos edifícios, por ser a maneira mais rápida de chegar do ponto A ao ponto B. Além da irritante tendência (assim como os outros da série) de Delsin ficar agarrando e escalando as beiradas. Mais um ponto negativo por não fazer o jogador se sentir um herói (ou vilão).

A história perdeu um pouco daquela qualidade de quadrinhos, mas continua sendo apresentada em artes estáticas. O desenvolvimento e interação de personagens é basicamente contado através de ligações telefônicas intermináveis.

Conclusão

Por ser um dos principais carros chefes da nova geração o jogo poderia ter recebido um tratamento mais adequado. Mas ao invés disso, a Sucker Punch optou por ser conservadora e trazer os mesmos paradigmas já consagrados da série. E teria sido uma ótima oportunidade, visto que estava começando com um novo personagem, uma nova locação e tudo o mais. Os personagens do jogo são rasos e raramente brilham, exceto a Fetch (sem trocadilho com seu poder de Neon), que até mesmo ganhou um DLC onde mostra mais um pouco da história dela. A história, se aprofundada, poderia ter sido destacada entre umas das mais interessantes, mas ficou na promessa apenas.

Dito isto, está longe de ser um jogo ruim, apenas não é um jogo ousado. Curiosamente, eu não recomendaria o jogo para os fãs da série justamente por não trazer absolutamente nada de novo. Mas sim a novos jogadores que nunca tiveram a oportunidade de entrar nesse mundo.

Nota: iFSS nota (2,5 / 5,0)

3 comentários sobre “Resenha: inFamous Second Son

  1. Olá,
    Bem, sou obrigado a discordar. Gostei bastante do jogo, achei um dos melhores acabados desse início da nova geração e me diverti bastante. Concordo que a escolha entre herói e vilão ainda é bastante rasa, mas em um ano onde o absolutamente qualquer nota Destiny foi saudado como grande aposta, acho injusto que esse detalhe torne o I:SS um jogo menor.
    Dessa primeira leva, esse é meu favorito ao lado do Tomb Raider…mas como acabei de baixar o Dragon Age, creio que logo vá mudar de opinião, hehehehe
    Abraço

    Curtido por 2 pessoas

    • Fala Renato, obrigado pelo feedback! Bom, não sei me expressei mal, mas eu gostei do jogo, não quis dizer que ele é uma bomba. Apesar das minhas ressalvas, me diverti com o jogo. E num ano realmente de início de geração, onde não havia muitas opções, realmente ele se destaca.

      Quanto a Destiny, já deixo o meu recado que não curti, embora ele faça tudo direitinho, acho-o um jogo sem alma. O Tomb Raider, eu não o considero dessa geração, mas o remaster HD está lindissimo, e jogo funciona tão bem como nunca. É um dos meus preferidos. Dragon Age, nem falo nada, uma das minhas séries favoritas. Já terminei o jogo e pretendo resenha-lo num futuro próximo. Mas digo-te que será positiva! 🙂

      Curtido por 1 pessoa

  2. Pingback: GCG Podcast #152: inFamous Second Son | Gamer Como A Gente

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